Adolf Loos destacou que “a planície requer elementos arquitetônicos verticais, e que as montanhas sejam os horizontais”. Portanto, um dos desafios apresentados por este projeto para um terreno montanhoso foi o de definir um plano horizontal como maneira de criar um ponto de referência. Assim, é estabelecido um elemento conotativo enraizado à paisagem.
O projeto é a expressão de um modo de pensar a arquitetura e como ela se relaciona com uma paisagem de montanhas – não pertencendo apenas a uma linguagem, mas também no interesse criado por um objeto geometricamente puro e abstrato que se impõe pelo contraste.
Os objetivos programáticos do projeto são baseados nas reflexões acima. A casa da montanha é localizada a 1400 m de altura, no cume dum grupo de montanhas caracterizado como Monte Penna.
As comparações estritas que surgem entre as estruturas arquitetônicas e seu entorno são expressas numa redução da linguística e numa essencialidade formal que resultam num diálogo íntimo entre o volume construído e nos cumes Apeninos.
O refúgio é baseado em poucos elementos simples e simbólicos: dois volumes colocados em diferentes níveis, conectados por uma escada interna.
A área de serviços de informação aos turistas é articulada com um escritório de 16m², uma sala de cinema com 20m², onde turistas podem assistir filmes sobre a flora e fauna do Monte Penna e também há um bicicletário de 10m². Próximo a está área uma sala de descanso.
No nível acima, o volume segue o formato de uma cabana, acessado por dentro através de uma escada locada na sala de descanso e pelo exterior através de um caminho de terra e madeira.