Elqui Domos é um pequeno hotel de dez anos localizado no coração do Valle Del Elqui, um vale estreito entre as montanhas dos Andes. O vale é famoso por seu formato perspicaz, céu limpo e clima agradável, bem como seu grande potencial para a viticultura, astronomia e turismo.
O hotel é composto por várias cabines singulares de estruturas de madeira que fornecem cúpulas de tecido translúcidas, permitindo uma experiência que encoraja uma conexão mais próxima com a natureza e a apreciação ímpar do céu durante a noite – através das escotilhas do telhado das cabines – deitado sob as estrelas.
A comitê do projeto incluiu a remodelação das atuais sete cúpulas, o restaurante do lobby e a adição de várias novas cabines, no objetivo de maximizar o potencial do lugar. O principal desafio foi o de realizar uma intervenção que poderia melhorar as condições de vivência nas cúpulas ao destacar elementos que fazem deste hotel algo único.
Para remodelar os quartos existentes, foram destacados os papéis do terraço como áreas principais de estar, e destacou-se, também, um sentido específico de iluminação – usualmente encontrada numa arquitetura têxtil – através da colocação dos volumes das cabines implantados abertamente no terreno, que lembram artefatos estrangeiros utilizados para dormir, dominando a paisagem ou olhando para as estrelas.
Para os novos dormitórios (primeiro estágio de construção) a ideia era conseguir um tipo de quarto que seria uma alternativa complementar – com melhores padrões de estar que as cúpulas de tecido -, que faria o melhor uso da terra disponível, mantendo e reforçando as condições que tornam Elqui Domos uma experiência tão especial.
O fato de que os novos dormitórios foram colocados exatamente onde a topografia se altera – entre uma vegetação vasta do vale e das saliências da montanha seca – buscou trazer a luz. Para conseguir isto, foi concebido um tipo de cabine que foi levantada acima do solo e tinha um espaço no interior graduado, que poderia dialogar com duas vistas diferentes opostas por paredes de vidro em toda a largura da cabine.
A parede transparente que mostra as montanhas é sugerida como uma junção entre a parede e o céu, num ângulo que permite que o pico seja visto de qualquer lugar do interior da cabine. Ao mesmo tempo em que isto permitiria recriar a sensação de estar deitado sob as estrelas. O deck do telhado foi o elemento final, colocado de forma que revive a posição dominante e privilegiada das cabines em relação à geografia.
Confira o o set completo de fotografias desta obra no site do fotógrafo Cristobal Palma e siga seu trabalho no twitter @EstudioPalma ou no facebook Cristobal Palma Photography. Veja mais obras fotografadas por Cristóbal em ArchDaily Brasil.