O desejo do proprietário de um interior de paisagem calma e visualmente limpa formou o ponto de partida do projeto. A primeira visita ao local foi feita enquanto o edifício estava ainda em construção. O espaço em questão era longo e retangular, com dois lados extensos e fechados e dois lado completamente abertos. Esta abertura significava vistas deslumbrantes de Atenas que penetravam no espaço; o que informou todo o processo de projeto. De um lado está o morro de Filopappou, uma variedade de típicos blocos de apartamentos atenienses e, além disso, a escura massa do novo Museu da Acrópole, posicionado diretamente sob a perspectiva do Parthenon. Do outro lado estão os estaleiros e os fundos de edifícios, a avenida Syngrou e, a uma distância, o monte HYmettus.
Foi decidido que o fluxo por este espaço retangular não deveria ser bloqueado pela adição de paredes internas ou externas. As aberturas de cada extremidade permaneceriam livres de limite a limite através do uso de grandes painéis de vidro. O espaço interno foi mantido completamente como uma planta livre, sem paredes divisórias, a fim de reforçar a natureza expansiva do espaço.
Dentro do apartamento, as vistas sobre a paisagem fragmentada da cidade contrastam com o ambiente calmo e claro de seu interior. “Ilhas” de móveis em branco de alto brilho formam as passagens e os espaços, mas sem contornos. Estes blocos retangulares flutuam em um piso branco de grandes blocos de mármore Ariston. Laca e portas de correr de vidro escondidas nas ilhas e nas paredes laterais fecham o quarto principal, a ducha, o guarda roupa e o quarto de hóspedes. O deslizar destas portas redefinem o espaço, revelando ou conciliando as várias funções.
Superfícies em laca opaca branca que ficam paralelas aos lados mais longos dos espaços definem duas zonas que abrigam soluções de armazenamento, banheiros, escritório-bar, uma tela de projeção e biblioteca, uma parede com cama dobrável para hóspedes e a cozinha. Escondendo a maioria das funções atrás das longas paredes laterais e usando as “ilhas” na intervenção do espaço, o desejo extremo de planta livre é alcançado. Os elementos podem ser organizados para que nada bloqueie o movimento livre pelo espaço ou para criar três zonas distintas. O sofá, a mesa de jantar e a cama são os únicos móveis à vista.
O teto cinza escuro funciona como o pano de fundo para o “skyline” criado pelas dominantes formas brancas no espaço. A cor escura faz com que o teto se afaste da visão e enfraquece a noção de uma caixa branca.