O Hotel Camino Real da Cidade do México, em Polanco, é o primeiro de uma série de hotéis que projeta o arquiteto Ricardo Legorreta para essa rede hoteleira. Concebido como hotel-museu, o Hotel Camino Real México foi inaugurado em 25 de julho de 1968.
O cliente havia solicitado originalmente a criação de um conjunto de edifícios-torre. Legorreta, ao contrário, propõe um hotel horizontal, com espaços e cores mais quentes, algo único, que contivesse os traços cultura mexicana.
Acolhendo obras de artes e antiguidades dispostas pelo hotel, e localizado a alguns passos do belo Paseo de la Reforma, o Hotel Camino Real Polanco México, com seus 33 mil metros quadrados de jardins, piscinas, fontes e pátios, constitui um refúgio para a vida da cidade.
Através de um estudo de cargas a respeito dos tremores que a cidade sofre, Legorreta decide projetar um edifício com altura máxima de 5 andares. Isto permite adequar os 714 quartos e demais ambientes com grandes espaços abertos entre eles, e com uma integração ao mundo exterior. Três de seus lados resguardam o edifício do contato direto com as vias principais, deixando o quarto lado conectado à cidade através de um pequeno boulevard comercial.
Um grande muro vazado cor-de-rosa se faz de fachada principal. É composto por módulos quadrados com certa espessura, que se sobrepõem entre si girando 90°. Formam uma espécie da trançado geométrico monumental: a entrada ao hotel. Logo após, um átrio exterior apresenta em seu centro uma grande fonte. A partir de este ambiente tranquilo, o visitante chega ao grande átrio interior.
A zona dos quartos é independente do complexo, fazendo com que os hóspedes “revivam o prazer do caminhar”, percorrendo distâncias consideráveis por espaços marcados pelo uso da água, dos materiais, das cores e da luz.
Os quartos têm vistas aos pátios interiores privados ou terraços. Os espaços exteriores foram projetado com diferentes funções, abrigando piscinas, lugares de descanso, pérgolas e os próprios jardins e terraços.
O espaço flui através das grandes escadarias. O arquiteto criou grandes espaços vazios que concentram o interesse nos cantos, usando um mobiliário mínimo. Utilizando paredes aplanadas, comuns na arquitetura vernácula do México, dando dignidade aos espaços interiores.
O Hotel Camino Real nunca pode ser visto em sua totalidade, obriga a experimentá-lo.