Espaço metropolitano para a integração da cidade com o bairro.
O valor agregado na infraestrutura do transporte da cidade gera oportunidade de melhoria na qualidade dos espaços públicos. O projeto de transformação da Praça Maipú está inserido dentro desta lógica como uma oportunidade de desenvolvimento urbano para a comunidade com a extensão do traçado da linha 5 do metrô. A chegada do sistema de transporte público metropolitano à comunidade significa a integração à cidade deste bairro suburbano em crescimento, onde o desenho da praça possui como desafio resolver o vínculo entre ambos.
Como se atinge a transformação de uma praça comunitária para um espaço urbano de uso metropolitano?
A proposta para a nova Praça de Maipú se fundamenta com a construção de duas grandes áreas de espaço público definidas a partir do traçado de um novo eixo de pedestres que projeta uma diagonal que une a Avenida Pajaritos e 5 de Abril:
1. A grande esplanada urbana. Espaço público democrático, ativo e vital, flexível para múltiplos usos que compõem a imagem de Maipú para a cidade e que é porta de entrada ao centro urbano da comunidade a partir do metrô: com uma área de 5500m² para exposições, encontros, concertos, feira de livros, etc.
2. O parque comunitário. A proposta não incorpora apenas a estrutura da praça, mas planeja a integração dos espaços públicos e serviços comunitários que em conjunto constituem uma área de influência muito maior e além dos limites da praça de um parque comunitário: áreas verdes, piscina, praça Rapa Nui e escritórios municipais.
Além da proposta de criar um diálogo entre a escala comunitária e metropolitana, a praça pretende atuar como catalisadora dos usos ao reordenar os caminhos e relações entre as margens e o interior da praça.
Projeto e Construção
O projeto responde a três metas para compreender como a nova Praça para Maipú será desenhada, construída e utilizada em cada escala.
1. A praça para a cidade é a nova imagem da comunidade na escala metropolitana e sua integração com o transporte público é o fator fundamental para seu funcionamento. O desenho da praça se vincula diretamente aos acessos do metrô com o espaço urbano através de uma grande esplanada no nível das bilheterias e mezaninos do metrô. Isto permitiu ampliar a área de escavação que foi executada para a construção da estação do metrô, gerando uma área vertida a um nível mais baixo que a rua, com uma imagem totalmente nova para a comunidade.
2. A praça para a comunidade, é dizer o centro de Maipú, tem como objetivo incorporar e gerar sinergia entre os usos e programas que se estão próximos à praça. Desde suas bordas da Avenida Pajarito e 5 de Abril o desenho pretende a criação de bulevares em sombra que permitam o uso cotidiano deste espaço metropolitano. Para o norte da praça são geradas áreas pavimentadas com uma grande plantação de vegetação que permitirão que a praça cresça de forma sustentável, garantindo sua imagem e durabilidade no tempo.
3. A praça para os vizinhos, já que não é área central ou um polígono que se inscreve entre as ruas, mas que será um lugar de encontro e ponto de partida para o uso de distintas áreas adjacentes à praça. Assim, como a piscina e a área verde em torno a ela, são constituídos elementos que gravitam neste sistema de espaços comunais. Ao incorporar uma diversidade maior de usos, o projeto explora princípios básicos para o êxito do espaço público. Entre estes está a flexibilidade de usos, horários e usuários que visitam e passam pelo local. O projeto propõe também a incorporação de estacionamentos subterrâneos nos limites leste e norte da praça.