A Igreja se encontra em uma das sete famosas montanhas taoistas da China. Embora existam vários tipos de templos taoistas e budistas no distrito, o elemento religioso ocidental não foi descoberto ainda. Além de desenvolver habitações privadas, o cliente tentou criar uma pequena igreja para os habitantes do povoado, a fim de ampliar o espectro religioso e cultural. A mensagem cultural e religiosa é comunicada através do jogo de luz e sombra na arquitetura.
Localizado em uma bela paisagem na Montanha Kuofu, a Igreja tem uma área de 280m² e pode acomodar a 60 pessoas. O conceito de projeto vem da forma de uma semente, um elemento metafórico nas histórias do Evangelho. A linha curva segue o contorno de uma semente que delimita os espaços, como um elemento de contenção.
A curva é dividida em 3 partes que formam três acessos: a sudeste a fachada possuí uma abertura em forma de cruz que permite a entrada de luz na parte da manhã, a oeste a fachada é sólida e bloqueia a luz da tarde, e ao norte a fachada é mais espessa para acomodar as instalações sanitárias. Os visitantes podem subir pelo terraço da cobertura chegando até um mirante.
A Igreja tem uma linguagem natural e não decorativa. A estrutura principal é feita de concreto moldado in loco com uma estrutura de bambu. A textura que o bambu deixa no concreto é absorvido com as árvores e com o verde da paisagem.
Apesar da semente ser o ponto de partida deste projeto, a igreja não tenta ilustrar, literalmente esta imagem. A forma abstrata e o espaço da igreja são transmitidos através da luz, sombras, materiais e texturas. Não se trata de uma peça de arquitetura que abriga uma forma escultural, mas um edifício que respeita a cultura local e do ambiente natural.