Desenvolvemos a escola como uma tira larga alinhada ao antigo edifício da estação de trem, flexionando-a ligeiramente, no centro a Norte, para atender à reparação de das locomotivas destinadas ao bar-restaurante do local.
Neste ponto de mudança na direção, que coincide com a entrada ao átrio da escola, inseriu-se, quase que perpendicularmente, o auditório, que cruza o terreno. Aproveitando a caída do anfiteatro – que descerá do primeiro andar até o solo- criou-se um arco de vão generoso que, ao mesmo tempo, marca, cobre e protege a entrada, permitindo a continuidade visual da progressão do volume da construção.
Este eixo de alinhamento profundo e complexo segue a recuperação recente da antiga estação e a plataforma de mercadorias que dramatiza o espaço entre as peças antes mencionadas: o arco no auditório contribui com a continuação de uma atmosfera “metafísica” que os outros arcos –os da estação- haviam anunciado anteriormente.
A disposição exterior explora o sentido de uma “rua” com a criação de pavimentos de pedra e com a pintura das paredes de concreto com um vermelho escuro, com o objetivo de reforçar a dimensão longilínea do lugar.
As janelas ao sul serão abertura em uma sequência como “código de barras”, enchendo os corredores com uma iluminação em faixas.
No extremo Oeste, haverá dois pavilhões metálicos, com a mesma seção de um edifício de pedra existente que abriga o Arquivo Histórico. Trata-se de “carros”, um pouco desordenados, que recebem um Museu da Ferrovia no futuro.
- Cliente: Câmara Municipal de Chaves