Situada na entrada de Misakimizube Koen, um dos parques mais pitorescos da cidade, de frente a um lago e rodeado por árvores, a casa foi concebida para ser um objeto no contexto. As áreas programáticas de uso público, de serviços ou privado, foram espacialmente organizadas em três zonas distintas, tendo como principal foco o elemento da paisagem. Adicionalmente , há um pátio e um terraço. A forma foi esculpida de acordo com a estrutura, a luz do dia, a ventilação e os pontos visuais.
65% das habitações unifamiliares japonesas são construídas de madeira, um material muito resistente que apresenta uma ótima relação de força quando comparada a outros materiais estruturais. Proveniente de fonte renovável, a madeira, juntamente com a tecnologia da construção, utilizou um encaixe tradicional de sistema de espiga conjunta com aço. Esta casa permite criar uma reflexão sobre a construção tradicional em madeira no Japão.
A solução de trazer a parte pública do programa para o pavimento superior foi óbvia, visto a necessidade de acomodar uma garagem com três vagas. Este ato ofereceu uma vista cênica elevada do parque ao possuir as salas de estar, jantar e cozinha no segundo andar. O balanço de 3,2 m de madeira foi incomum. A estrutura foi concebida de uma inspiração elegante de construção de pontes e estantes de livros. Sendo que ela é reforçada pela parede do pátio para reduzir a excentricidade da foram construída e, portanto, sustentar movimentos laterais durante terremotos.
A forma exterior reflete a estrutura do edifício, criando oportunidade para expressar suas superfícies inclinadas. Que se manifestaram como respostas à drenagem da água da chuva e na reflexão da paisagem sublime. A fim de trazer visuais do exterior para a sala de jantar, foi propositalmente construída uma borda da janela assimétrica, proporcionando uma continuidade material do exterior para o interior e enquadrando a vista peculiar.
A ideia de reflexão foi multifacetada e ganhou uma série de significados desdobrados; há a reflexão exterior do entorno, a reflexão interior do entorno, a reflexão introspectiva dos espaços e a reflexão da estrutura da casa.
O paisagismo se divide em três áreas, o jardim da frente, o pátio e a plataforma do telhado. O jardim da frente acomoda a garagem para os três carros e é o marco de entrada da casa. O tecido de conexão para o parque conta com a fachada associada visualmente a ele e possui uma pavimentação de material semelhante. O pátio, um jardim privado íntimo, faz parte do funil ambiental para dissipar o ar quente durante o verão.
Este espaço agrega o dormitório principal, uma sala de tatame introspectiva e uma biblioteca. A plataforma do telhado, no topo da casa, aumenta ainda mais o senso de lugar com o seu entorno e fornece uma área de observação perfeita para os festivais de Hanami e Hanabi.
A Casa Hansha condensa as energias do local para formular uma casa que olha para seu entorno com uma torção sutil.
Texto fornecido pelo Studio SKLIM
Informação Complementar:
- Construtora: Sakae Advanced Housing Technology
- Estrutura: KES System Headquarters Shelter