Substituindo o atual Estádio Governador José Frageli, a nova Arena Cuiabá, projetada por GCP Arquitetos pretende ser um instrumento de renovação urbana e um legado para as novas gerações. Ao transformar esta área, que atualmente esta longe de seu melhor potencial, foi criado um parque desportivo, cultural, educacional e de recreação. O resultado da estratégia é uma arena com quatro esquinas abertas o que permite a solução de vários problemas como a flexibilidade do espaço.
Como os campos de futebol necessitam estar construídos numa estrita orientação Norte/Sul, o arquiteto teve que trabalhar com uma solução para uma das maiores preocupações locais: as altas temperaturas de Cuiabá.
Ao cortar as esquinas do estádio, o novo esquema garante que os ventos sempre fluam entre a Arena e seus terraços mais altos. Um luxuoso paisagismo, composto por espécies locais, foi utilizado nas esquinas abertas para ajudar as convecções térmicas.
A Arena terá cinco níveis operativos básicos e o nível de cobertura. O programa do projeto atende a todas as recomendações e requerimentos da FIFA. Este novo equipamento terá capacidade para 42.263 espectadores e é esperado que após a Copa de 2014, a capacidade seja reduzida a 27.000 espectadores ao desmontar as arquibancadas norte e sul junto com suas coberturas.A estrutura é composta por aço e concreto, montada com módulos que permitem a desmontagem das peças e a reutilização destas em outros equipamentos públicos.
Apesar da água ser uma questão complexa, dada a localidade do projeto, a arena encontra-se próxima a uma importante base hidrográfica. Por esta razão o projeto possui três sistemas combinados para reduzir o consumo de água.
As águas da chuva serão coletadas e armazenadas. As águas cinza utilizadas serão tratadas numa instalação e serão armazenadas posteriormente. Toda a água tratada será utilizada nos banheiros, irrigação dos campos e para o ar condicionado. A água para a irrigação dos campos será filtrada e armazenada a maior quantidade de vezes possível, economizando cerca de 40% do uso da água.