HOUS.E+ é uma casa do futuro em Vancouver que faz uso de sistemas sustentáveis para atingir a autossuficiência, cultivando sua própria comida e produzindo energia. O projeto é uma proposta apresentada para o concurso “100 Mile House” organizado pela Architecture Foundation of British Columbia, onde o conceito principal do projeto da Polifactory recai na energia geotérmica. A casa é baseada nas tecnologias existentes, mas também explora novas soluções que ainda não foram desenvolvidas.
Como um exemplo, os recursos da água não são apenas armazenados e reutilizados, mas são parte de um ciclo que gera energia através de uma série de microturbinas hidráulicas. Os habitantes também poderão ter a oportunidade de cultivar sua própria comida num ecossistema de cultivo de peixes, mariscos e plantas abaixo do nível da água.
A casa está construída baseada numa técnica de terra abalroada que não se altera com a chuva, fogo ou pestes, além de não requerer acabamentos. Evita-se o transporte desnecessário de materiais e desta maneira é feita uma diferença significativa na pegada de carbono emitida pela construção. As paredes atuam como estruturas que respiram, permitindo o intercâmbio de ar sem uma perda energética importante, funcionando naturalmente como massa térmica, armazenando calor no inverno e o rejeitando no verão.
É requerido um espaço de 120m² onde todos os espaços possuem uma função social ou privada. Os pátios no inverno ou verão, além de possuir vantagens naturais em fins do desenho sustentável, são áreas abertas que proveem de luz natural e ar a casa, além de conceder uma sensação de amplitude nos espaços sociais para os residentes. Os dois pátios contam com aberturas pequenas e pontuais na fachada para ventilar os espaços no verão e mantê-los quentes no inverno.
Dentro dos sistemas energéticos considerados pelo projeto encontram-se os sistemas de energia solar, geotermia, hidráulica e cultivos hidropônicos. Estes cultivos combinam o sistema tradicional de aquicultura com sistemas hidropônicos num meio ambiente simbiótico. Os efluentes que se acumulam na água, aumentam a toxicidade para os peixes, mas são ricos em nutrientes. Deste modo as plantas se beneficiam destes nutrientes, enquanto filtram a água que se recicla.
