Um campus de escola primária já existente requeria um pavilhão de esportes e uma piscina (que seria construída em uma etapa posterior). Ainda que independentes entre si, existia a necessidade de considerar os dois edifícios em uma ocupação de um território comum, e também de minimizar o impacto urbano e paisagístico negativo. Os arquitetos Filipe Brandão e Nuno Sanches trabalharam juntos para criar um projeto inteligente com um teto verde.
Um dos primeiros objetivos dos arquitetos foi a implantação pré-determinada do novo ginásio no terreno. O grande volume necessário para um ginásio poderia acabar com qualquer acesso direto da escola à paisagem ao seu redor.
Em resposta a isso, desenharam um volume que integra, com êxito, a caída natural do terreno. Por outro lado, a regeneração dos edifícios ajudou a consolidar o campus, respondendo à necessidade de limpar os setores e espaços públicos.
O estacionamento público encontra-se devidamente ao lado da rua principal, com acesso direto ao pavilhão. O conceito básico foi simplificar a acessibilidade de uma maneira clara e sem interromper a privacidade da instituição.
A distribuição interior do pavilhão é estabelecida mediante um eixo principal – o corredor- que dá acesso a todos os serviços relacionados com as atividades esportivas (vestiários, banheiros, salas de armazenamento e áreas técnicas).
Os materiais mais importantes do edifício são a madeira e o concreto. A escolha da madeira na superfície exterior, além de suas técnicas e qualidades sustentáveis e estéticas, foi também para se conseguir uma lembrança do uso anterior do terreno, uma fazenda.
Além disso, busca-se um efeito de continuidade através do teto verde, para se alcançar um equilíbrio com a vegetação existente do complexo. Este teto, junto ao volume construído, forma um vale quase urbano que minimiza o impacto do volume, fazendo com que o pavilhão tenha uma presença sutil no conjunto.