(…) No Bairro das Alagoas, entre prédios levantados a toda a pressa, onde tudo parece precário e acidental, esperava-se uma serenidade clara, luminosa. De um modo surpreendente, o ABA é negro. Onde todas as cores se tornam pálidas, só o negro pode falar da cor.
ABA acolhe o seu contrário, cura as feridas com o arpão que as infligiu, transforma o hostil na sua própria força. ABA fala da vida numa linguagem sem palavras.
Alongado, não domesticado, ABA desenha a harmonia forçada. ABA responde com dureza a uma situação social dura. Onde parece vencido, manifesta-se com toda a sua beleza (…)