Os conceitos do projeto de iluminação foram baseados na abordagem museológica, a qual foi desenvolvida com base numa pesquisa e elaboração participativa com as comunidades de Mapuche. Uma concepção única que mostra a percepção desta cultura desde sua própria visão de mundo.
O projeto foi solicitado em busca de criar um marco da reinterpretação global da mostra museológica e a remodelação-ampliação completa do edifício do museu, existente desde 1977. O trabalho constava em projetar uma iluminação de acordo com as necessidades tanto da nova mostra permanente, como da iluminação arquitetônica do edifício remodelado.
Esta importante renovação do Museu contemplou tecnologia avançada e variada para a iluminação em função dos distintos requerimentos técnicos e estéticos. Foram utilizadas diversas fontes, como halógenas, fluorescentes, LED ou iodetos metálicos para os geradores de fibra óptica, todas elas incorporadas em diversas luminárias de ópticas variadas, todas com sistemas antideslumbrantes.
Por outra parte, foi implementado um sistema de controle centralizado, o qual controla tanto a iluminação arquitetônica como a iluminação do museu. Este sistema permite controlar os níveis de iluminação de todo o edifício através de um teclado, que ativa as cenas iluminação pré-gravadas, para espaços do museu, de manutenção, banheiro e outros, e permite simplificar consideravelmente a operação do museu.
Para as vitrines, LLD programou um sistema de iluminação de fibra óptica que permite diminuir os equipamentos (maior versatilidade), ausência de radiação ultravioleta e infravermelha, e menor consumo de energia, sendo possível obter resultado com padrões exigentes, desde o ponto de vista da conversação, a percepção visual das peças e a eficiência energética.
A iluminação dos planos verticais compostos principalmente de gráficos foi resolvida com luminárias tipo bañadores de paredes assimétricas com fontes halógenas, quais são atenuadas a partir do sistema de controle para conformar uma imagem harmônica das salas em conjunto com as vitrines, estas luminárias são equipadas com barbatanas corta fluxo que permitem delimitar as áreas iluminadas.
Para a retroiluminação da “Linha do Tempo” foi utilizada a tecnologia LED, com luminárias lineares flexíveis controladas por protocolo dmx e Ethernet, fato que permitiu ajustar as cores e o tom desejado e regular o fluxo lumínico dos LEDs até o nível apropriado.
No caso do bosque, foram utilizados equipamentos LED de alta potência de 3W unitário, custom design, para ressaltar a textura dos troncos e por sua vez iluminar as folhas.
Para a iluminação do “Wampo” (canoa utilizada pelos Mapuches) na sala central de grande altura, foram utilizados projetores orientáveis de fonte halógena sobrepostos no trilho energizado suspendido. Este sistema permite grande flexibilidade n quantidade e distribuição de luminárias. No fundo da sala uma gráfica retroiluminada com luminárias fluorescentes proporciona uma atmosfera à sala simulando um lago onde o Wampo navega em direção à uma ilha.
Nossa equipe de cinco pessoas trabalhou no local durante uma semana completa na etapa final de montagem para ajustar, filtrar, calibrar, cada elemento dos sistemas de iluminação, programar as cenas e permitir, assim, ambientes sensoriais próprios em cada sala, a respeito de padrões internacionais de conservação.