A partir de 2005, com a abertura do Instituto Inhotim, Belo Horizonte passou a ser um centro de referência de arte contemporânea. A Galeria Celma Albuquerque reúne um considerável acervo de obras contemporâneas, atraindo visitantes de todo o mundo.
O projeto do escritório da galeria optou por uma composição despojada, sem interferências marcantes, com iluminação discreta e praticáveis laterais, cedendo boa parte do cenário ao acolhimento confortável do artista e do colecionador de obras de arte. Simplicidade criando sofisticação.
A neutralidade das cores e simplicidade visual estão presentes no projeto, valorizando o desenho do mobiliário através de sua proporção e relação com o espaço do qual participa, de forma que as obras ali expostas pudessem ser a referência mais importante. O desenho proposto não deveria sobrepor-se por imposição visual, mas sim garantir sua presença pela discrição e proporção correta. Criando, com isso, um diálogo com o restante do espaço da Galeria, que era fundamental.
A parede principal foi pintada de cinza e ocupada por prateleiras-linhas na mesma cor, que se movimentam ocupando o espaço. O mobiliário salta da parede, trazendo profundidade e textura.
A mesa de atendimento é uma dobradura fixada à parede, cuja base sobe e se eleva sobre o piso, sem apoio, voando. Ao lado oposto, que conforma a bancada de apoio, optou-se pelo branco, em busca da neutralidade necessária aos trabalhos expostos.
Arquitetura: Gema Arquitetura
Arquitetas: Nara Grossi e Priscila Almeida
Estagiários: Luiza Braga, Bianca Burini e Caio Zaidan
Informação Complementar:
Execução do mobiliário: Studio Movelaria
Todos os móveis desenhados são em MDF (fibra de média densidade) com acabamento em gofrato e laca, de acordo com descrição abaixo:
Prateleiras cinza – MDF revestido em gofrato cinza;
Mesa de trabalho preta – MDF revestido em laca preta alto brilho;
Bancada de apoio branca, com armários e prateleiras – MDF revestido em gofrato branco.
Localização: Belo Horizonte
Fotografia: Cristiano Quintino