Esta é uma pequena intervenção arquitetônica integrada em um vazio espacial em meio aos subúrbios da cidade de Greenfield, Wisconsin. A função do pavilhão é ser uma porta de entrada que conecta um grande centro comercial e uma zona industrial abandonada não urbanizada, utilizada como espaço público provisório.
Com um terreno muito limitado, desenhou-se uma construção de concreto, que se aproxima da esquina sudoeste da zona industrial abandonada e celebra o vínculo entre os dois espaços. A forma nítida e austera, sua cor preta sem complexidades e um contraste marcante com as cores do seu entorno, geram uma inesperada sensação de seriedade em meio a paisagem suburbana.
Ao conduzir “de nenhuma parte a parte alguma”, o próprio pavilhão se converte em destino, oferecendo uma série de experiências básicas viscerais e corporais que raramente se encontram neste contexto: o espaço de compreensão ao entrar, a elaboração controlada das perspectivas visuais, através das ranhuras, as paredes e o teto; é um objeto ocupavel cuidadosamente na escala para ser encontrado pelas pessoas em suas travessias.
O pavilhão permite que as águas da chuva baixem até infiltrarem-se no solo, permitindo o crescimento de grama e algo de vegetação em uma das suas fachadas; um alívio frente ao cimento excessivo do entorno. Através da espacialidade, a escala, a materialidade – o pavilhão Layton volta a introduzir estes conceitos fundamentais no âmbito experiencial pobre da periferia urbana. Vazio e sinistro, ao encontrar-se em meio do “nada suburbano”, serve como um monumento silencioso à riqueza da condição humana e sua escala frente a imensidão da cidade.