Não muito longe de Budapeste, à margem de uma floresta, lá está a nova casa coberta com telhas de Tamás Dévényi. O edifício surpreendentemente simples cria generosas relações espaciais na terra de 1,5 hectares. A proximidade da vida agitada da cidade não significa que não podemos apreciar a conveniência da natureza e da separação de uma casa de fazenda. Emprestando sua forma e utilização de materiais da arquitetura camponesa da Europa Central, a estrutura modular do prédio segue o pensamento do design contemporâneo.
Arquétipo Centro-europeu
Os requisitos para uma casa de campo mudaram muito durante os últimos cem anos, mas usando o arquétipo da velha casa camponesa húngara foi um bom ponto de partida para o projeto em uma situação onde os rigorosos regulamentos de construção locais, amarram a liberdade dos arquitetos. O uso tradicional de materiais, a cobertura inclinada e os 50 metros de distância da estrada foram necessários que fizeram o arquiteto repensar as tradições. O resultado é uma reinterpretação da velha maloca camponesa da área.
O sistema modular
O plano de do solo é criado por meio de um sistema modular feito de unidades de 12 metros quadrados. Este é o tamanho definido pela própria família como um tamanho ideal de quarto, portanto, esta unidade é repetida em duas filas uma ao lado da outra seguindo uma lógica bem clara: por um lado, existem os quartos de acordo com a unidade de tamanho e, do outro lado há uma corredor que atravessa toda a casa mordiscando espaço da largura das unidades do lado direito do eixo longitudinal e cria salas menores para os banheiros e as unidades de armazenamento.
Ainda encaixando na grade lógica, dois elementos assimétricos ajudama levantar a rigidez do sistema: um dos quatro módulos da sala de estar abre-se para o sótão adicionando uma terceira dimensão ao espaço, e dois módulos são são puxados para fora em ambos os lados da casa para formar os terraços, de uma forma deslizante de modo a evitar um forte eixo lateral.
Espaços Intermediários
O telhado inclinado segue a arquitetura camponesa simétrica, 41 graus, e sua crista é definida pela parede esquerda do corredor, o qual é independente do sistema modular. Assim, a linha de cume é puxada para fora do eixo longitudinal da casa e gera um patamar sem colunas no lado voltado para floresta com seus grandes beirais. Na parte da frente, com a estrutura de madeira visível, a parte alongada do telhado define um espaço multifuncional: serve como estacionamento diário, mas torna-se um enorme terraço coberto durante as grandes festas.
Utilização lúdica de materiais
O uso de materiais também está enraizado de volta às tradições mas a colocação da madeira e da cobertura de metal seguem os próprios princípios da casa. Acima do apartamento aquecido, o telhado tem cobertura de telha, enquanto que os beirais e o terraço coberto têm cobertura de folhas de metal. Unificado com o teto, as paredes tem telhas também, mas a fachada nordeste com as folhas de metal e as persianas em listras de metal dá variedade a imagem geral da casa.
Conexão para o jardim e para a floresta
Situada entre duas áreas com caráteres diferentes - um matagal e uma floresta em rampa íngreme – a casa atua como um filtro: ela divide os dois mas ao mesmo tempo os conecta e deixa suas impressões no seu interior com suas conexões visuais e diretas.