O pavilhão projetado pelo escritório nARCHITECTS foi concluído em Maio de 2011 para a reunião e celebração à sombra dos visitantes do Bosque e Parque Ecológico Da Da Nong Fu, na província de Hualien, Taiwan. O projeto foi concebido dentro do contexto do festival de artes local organizado pela Agência de Silvicultura de Taiwan, para aumentar a consciência pública sobre a importância do bosque, num plano do governo para promover um futuro sustentável e reduzir as emissões de carbono.
O pavilhão é composto por onze abóbadas construídas com bambu recém cortado, um material usado pela primeira vez pelos arquitetos na aclamada cobertura do MoMA PS1, em 2004. Desta forma, o pavilhão foi escolhido para sediar as cerimônias de abertura e encerramento do festival de arte, tornando-se o ponto focal do parque.
Este novo espaço de encontro de formato circular, emerge da terra em série, disposto em dois anéis em torno de um vácuo. O plano é inspirado pelos anéis das árvores e as diferentes formas das abóbadas seguem os padrões de crescimento da natureza.
Da mesma maneira que as formas infinitas e variáveis das árvores crescem a partir de regras simples de ramificação, a configuração das formas das abóbadas são geradas com base numa geometria simples – o arco parabólico – o que permite configurações mais complexas para serem desenvolvidas. O pavilhão foi projetado para ser usado também como um pequeno teatro ao ar livre, o anel central serve como assento para os espectadores, mas também como um palco circular.
Embora haja um amplo apoio para a conservação dos bosques, há também planos para o desenvolvimento local,que inclue a construção de um casino. No reconhecimento da diversidade cultural da região, cada uma das abóbadas do pavilhão dispõe de uma espécie de “porta” única no espaço de encontro,que busca formalizar essa diversidade.
De dia, o espaço do pavilhão – no centro do vasto terreno – produz uma intervenção mínima e, à noite, com iluminação, torna-se um farol, destacando a diferença panorâmica do vale.
A fabricação das estruturas de bambu foi realizada pela tribo local Amis, especialistas em construção com este material. Entretanto, os arquitetos introduziram o conceito de trabalhar com o bambu verde recém-cortado, criando um intercâmbio de conhecimentos e idéias entre a região e os projetistas.