De um lote pequeno com uma implantação única, este projeto surgiu a partir de alguns desafios… e juntamente com eles, apareceram idéias. A caixa onde se localiza a casa desvia da empena para criar um jardim vertical (caixa de vidro) com uma escada ligando todos os pavimentos: uma alusão a famosa escadaria de Alfama, que percorria todos os 4 pavimentos, conectando-os.
O pátio é o coração da casa, trazendo luz para seu interior, fortalecendo a entrada principal e criando uma verdadeira relação entre o interior e o exterior. Os materiais foram escolhidos de forma a polir a forma retangular e dar ao bloco a textura de uma árvore. O programa foi dado quase que automaticamente, a parte técnica e a garagem com um acesso direto da rua e o primeiro pavimento abrigando a porção privada da casa. No segundo pavimento está a área social, com acesso direto para a cobertura, estendendo a área social para o exterior.
Portanto, este projeto é, de fato, um pequeno pulmão e um exemplo de sustentabilidade para a cidade de Lisboa, mantendo os princípios de uma típica habitação e uma relação com o exterior, assumindo um papel urbano revitalizante. Suas paredes são completamente cobertas com vegetação, criando um jardim vertical, preenchido com cerca de 4500 plantas de 25 diferentes variedades ibéricas e mediterrâneas que ocupam 100 metros quadrados.
O consumo de água é moderado. Diferentes fragrâncias são espalhadas nos quatro pavimentos; por exemplo, na piscina pode-se sentir cheiro de açafrão, no quarto, de lavanda, enquanto que na sala de estar sente-se o alecrim.
Implantado no coração de uma cidade congestionada, o jardim vertical cria uma conexão única com a natureza e uma atmosfera inesperada.