O Centro Cultural Chacao servirá como a sede da Orquestra Municipal de Chacao – pertencente ao Sistema Nacional de Orquestras – este complexo formado por duas etapas, está inserido em um lote com área de 2126,02 m².
No âmbito da implementação de uma estratégia de design que parte da análise exaustiva do programa de áreas requisitado, e da relação deste com o terreno e seu entorno, para se obter uma edificação funcional, buscamos acomodar os requisitos da Fundação Cultural Chacao completando a primeira etapa do Centro Cultural localizado à leste do lote (desenho origina do Arquiteto Álvaro Rodriguez e remodelado posteriormente por nosso escritório) aderindo respeitosamente em sua segunda etapa, o teatro, que abriga qualquer manifestação das artes cênicas, além de eventos de cunho social e corporativo; se localiza à oeste do lote, com uma superfície extremamente limitada (1200 m²): daí o imperativo de sua máxima ocupação.
O resultado foi uma edificação de 3000 m² com capacidade para 600 aproximadamente espectadores, é constituído principalmente de três elementos:
O palco de 16 x 11 metros conformando uma área em planta de 172,32 m² e uma boca de cena de 12 metros de largura por 10 metros de altura, o qual possui um suporte de 35 metros de altura, desde o nível da rua.
O volume principal da platéia se estende e expande para alojar os camarotes; gerando uma forma dinâmica. Esta se insere à primeira etapa adjacente, a partir da qual surge a entrada. Os espaços cobertos e a sala de exposições desta última, fornecem um grande foyer através do qual se distribui o acesso à sala em 3 diferentes níveis.
Debaixo da platéia se encontram os serviços próprios ao teatro: o primeiro subsolo compreende oficinas administrativas e os sanitários para os espectadores. O segundo e terceiro subsolos abrigam os camarins, oficinas, salas de ensaio e áreas de serviço em geral.
Todos os níveis da segunda etapa interagem com os da primeira, obtendo assim, conexão e unidade. Tais ligações se desenvolvem no nível tamanaco ou acesso, através do hall de entrada que comunica ao auditório e ao nível do palco. E no nível do anfiteatro da primeira etapa que comunica ao palco e ao subsolo.
O uso de materiais da segunda etapa guarda uma relação estreita com a primeira, com o emprego de metais, cores alaranjadas, tons verdes, madeira e concreto para assim manter uma sincronização entre o atual e o futuro.
A estrutura conta com dois sistemas de circulação vertical, que foram realizados de madeira mista: concreto até a platéia e camarotes; e a parte superior foi feita com uma estrutura metálica triangulada com nós; o que permite a adaptação do teto às variações espaciais do programa.
Em conclusão, este Teatro é uma exploração do aproveitamento máximo do espaço, através de uma estrutura topológica que cresce e se adapta segundo suas múltiplas necessidades programáticas.