-
Arquitetos: Cannatà & Fernandes
- Área: 5271 m²
- Ano: 2008
-
Fotógrafo:Luis Ferreira Alves,
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projecto, mantendo as relações do Edifício preexistente com a rua, acrescenta uma nova volumetria formalmente caracterizada por uma implantação geométrica de tipo curvilíneo capaz de construir as condições para o desenvolvimento do programa escolar e ao mesmo tempo reequilibra todas as linhas e ângulos do terreno. As diferentes funções articulam-se em dois volumes (antigo e novo), caracterizados pelos diferentes objectivos arquitectónicos – recuperação e construção de raiz -, e pelas exigências do programa escolar para crianças dos três aos dez anos.
No volume antigo o pátio interior é recuperado assim como todos os elementos que caracterizam as quatro fachadas. Os espaços interiores são reabilitados, em função das necessidades funcionais a que o edifício tem que dar resposta garantido o equilíbrio com o seu específico carácter arquitectónico. Neste edifício foram instaladas as funções mais relacionadas com o uso público garantindo uma boa articulação entre a Escola e a comunidade - secretaria, sala da associação de pais, sala de professores, gabinete de atendimento e zonas de serviços, biblioteca, informática, sala de enriquecimento curricular/música e respectivos serviços.
O novo volume alberga as salas de aulas, o ginásio, o jardim Infantil, o refeitório com a cozinha e respectivos serviços de apoio e as salas polivalentes. Este caracteriza-se a Sudoeste por uma fachada constituída por um sistema de lâminas que vão produzir o controlo da luz e do calor, mas sobretudo introduzem uma variação no edifício associada com jogo e o rigor, provocando a criação. A Nordeste, é caracterizado por uma fachada curvilínea realizada em betão e sucessivamente isolada e revestida com azulejos. O uso de azulejos além de se constituir como um revestimento de carácter impermeável, pretende estabelecer uma relação de continuidade com uma técnica antiga bem dominada pela cultura construtiva de Ovar.
Para garantir a continuidade dos espaços foram previstas, entre os volumes antigo e novo, duas passadiços que ligam os dois níveis dos diferentes corpos.