- Ano: 2001
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Fotografias:Marcílio Gazzinelli
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Fabricantes: Arconic, Açominas, Deca, La Lampe, Suvinil, Terratile
Descrição enviada pela equipe de projeto. O mito da casa árvore encontra aqui um sentido. A estratégia de suspender a residência metros acima do solo e das árvores é adequada e o perfil oblíquo do terreno pode ser saudado e completado pela presença da nova construção.
A estrutura metálica surge como opção conveniente, tirando do canteiro de obras vários serviços construtivos. A proposta se define em um pavilhão linear de três pavimentos, paralelo às curvas de nível, cujos pilares se prolongam até tocar o solo. A área de convívio se projeta em balanço rumo à mata e à paisagem. A ponte de acesso funciona como tirante, equilibrando o conjunto.
Adota-se o nível da rua como ponto de acesso dos veículos e dos pedestres, com garagem, hall de chegada, copa e sala de refeições. Meio pavimento abaixo, tem-se a sala de estar e varanda, amplo espaço de convívio que toca a copa das árvores mais altas. Sob este pavimento de acesso estão as áreas de serviço.
Meio nível acima do plano de acesso, tem-se um cômodo de uso polivalente, definindo duas alturas para a sala de estar. Logo em seguida vem o pavimento íntimo, com três quartos, aberto ao terraço sobre a sala. Este terraço tem um sentido especial, podendo ser entendido como um terreno ‘inventado’, uma praça suspensa e descoberta, um quintal íntimo e virtual. A caixa da escada articula todos os níveis, gerando o volume superior do castelo d’água que apóia os coletores solares.
A Casa Serrana é uma palafita metálica, a residência voadora com árvores por baixo, visitada por galhos, esquilos, ventos, irmãos e amigos. Uma maneira própria de propor a relação entre as pessoas, a construção e a natureza.