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Arquitetos: José Cabral Dias, Luís Miguel Correia; José Cabral Dias, Luís Miguel Correia
- Ano: 2008
A proposta aqui apresentada não só integra o comum, mas também pretende ir além da trivialidade. Limitações de orçamento, bem como o esperado uso intensivo levaram o projeto a ser extremamente simples e essencial em seus princípios. Entretanto este fato não comprometeu a exploração plástica do volume, a composição global ou a diversidade espacial.
As paredes, a casa do goleiro (Sr. Freixo) e os vestiários, a quadra poliesportiva (feita de argamassa alisada) e o campo de futebol (sem grama) eram os elementos pré-existentes.
O projeto reconhece o Campo de Santa Cruz como a expressão física de importantes memórias coletivas da cidade e do clube Associação Acadêmica de Coimbra. A edificação mais antiga (edifício A), é um símbolo de que o patrimônio deve ser mantido: como Fernando Távora costumava dizer, "tudo o que realmente importa é nossa relação com a vida". E é nesse lugar que foi localizado o bar, dado seu uso público.
O novo edifício (B) organiza o espaço de entrada, que dá à construção anterior não só a escala, mas também um profundo significado espacial, sua estrutura e os espaços exteriores: de acordo com o programa funcional, a nova casa do Sr. Freixo é organizada de frente para o campo de futebol, devido ao seu esforço e dedicação para com o clube e os atletas.
No espaço externo, o túnel de madeira destina-se a ser uma passagem simbólica entre os andares. O projeto estabelece uma conexão entre o jardim (Jardim da Sereia) e a cidade, e no momento em que a construção começou, biólogos encontraram uma população rara de sapo parteiro no terreno. Como a arquitetura e o esporte devem estar em completa harmonia com os conceitos da ecologia, dois lugares úmidos foram construídos, a Norte e Sul do edifício B, bem como uma vala ao redor do campo de futebol. "No final do processo, nossos objetivos foram realizados: as propostas arquitetônicas foram atingidas e os sapos continuaram procriando.