O futuro Parque de los Cuentos pretende ser um referente sobre o mundo da tradição oral e literatura infantil. Os grandes vazios criados na parcela do Convento são vistos acentuados na proposta que propõe a limpeza dos elementos sem valor adicionados no entorno, pretendendo com isto realizar a presença imponente do Convento frente ao que o rodeia e fixar a atenção do visitante em seu grande volume.
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A cidade de Málaga deve possuir um papel ativo dentro da importância de um edifício e de uma atuação como esta. Devemos, portanto, tentar ao menos, fazer cidade enquanto fazemos arquitetura e museografia. VAZIO, mistério, que se produz no novo vestíbulo de acesso, com um passo intermédio ao assombro, à SURPRESA de entrar no coração do grande claustro original desde as ruas adjacentes. O visitante deverá se preencher de EMOÇÕES e vivências de todo tipo ao longo de seu percurso pelo Parque, mais que se relacionar com um determinado e prolixo conteúdo expositivo.
Dada a forte presença do antigo Convento, a proposta tenta CRIAR UM VALOR ainda maior, se possível, as velhas paredes e seus grandes volumes acentuados pela posição altiva que ocupa um patamar elevado entre quatro e oito metros sobre as ruas circundantes. E que não compete com o Bem existente, mas trata de o complementar mediante uma série de volumes soterrados, cheios de luz, que servem para alojar aqueles usos primordiais do volume principal e que não deveriam ser alojados nele (serviços, gestão, manutenção, estacionamentos).
Uma nova rua coberta e iluminada atravessa o lote de Norte a Sul, conectando, aproximando e integrando de maneira íntima a cidade ao Parque através dos novos volumes enterrados, que vão atuar como FILTRO, não somente climático, como também sensitivo sobre o visitante do complexo. Eles nos permite liberar quase todo o terreno para converte-lo num grande Parque ao ar livre e criar usos e atividades que aproveitem o magnífico clima da cidade de Málaga. O novo vestíbulo principal (coração do novo complexo) e as quatro salas adjacentes que o rodeiam, não são nada além de ECOS do claustro original (coração do antigo convento) e de suas quatro galerias perimetrais.
Quatro são também as principais tarefas arquitetônicas: pesquisar, criar, representar e construir. Como quatro são as principais atividades que se propõe em relação com a PALAVRA: escutar, ler, contar e criar. E, definitivamente, quatro deveriam ser os objetivos deste Parque de los Cuentos: provocar, motivar, suscitar e induzir o desejo à leitura. Propomos uma arquitetura massiva, que nos proporcione abrigo e proteção, isto é: que tenha um caráter intemporal; que não pretenda entrar em conflito com a arquitetura histórica do Convento, mas que contribua ao diálogo frutífero entre ambos; que não crie armadilhas urbanísticas no seu desenvolvimento posterior. Propomos também seções e espaços atrativos e adequados na ESCALA das crianças, verdadeiras protagonistas do Parque, sem cair em tentações próximas de um parque temático.
Arquitetos
Manuel Aires Mateus, Francisco Aires Mateus, F. Javier López Rivera, Ramón Pico ValimañaLocalização
La Trinidad, Málaga, EspanhaEquipe de Projeto
Neus Beneyto, Carlos Martinez, André Passos, Ivan Lemma, Horie KohsukeChefe de Projeto
Jorge P. SilvaInstalações
Afa Consult, Insur JgEstruturas
Duarte y AsociadosFotografias
Aires Mateus + Estudio ActaTopógrafos
Fernando Casquero Lacort, Jose Antonio López GutiérrezÁrea
11.652,79 m2Ano de Projeto
2010