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Arquitetos: Arquitectura X
- Área: 378 m²
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Fotografias:Sebastián Crespo
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Descrição enviada pela equipe de projeto. Um casal proveniente de uma ilha caribenha busca descanso em Los Andes no norte de Equador, a duas horas de Quito, num terreno campestre que está 2470 m acima do nível do mar, no vale formado entre os vulcões Imbabura e Cotacachi. O casal busca uma proposta de projeto antes dos quatro dias que antecedem a volta a seu lar, ou venderiam o terreno. Assim, projetamos uma casa sem conhecer o local e conhecendo os clientes por apenas duas horas.
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Baseados na experiência da nossa própria casa, aplicamos a mesma estratégia: um esquema universal que possa ser aplicado às condições de qualquer lote num vale inter-andino, uma casa cujos limites espaciais sejam as duas montanhas que dominam o vale, a casa de vidro abstrata como ponto de partida.
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Ao mesmo tempo sabemos que o abstrato e universal deve ser funcional, específico à topografia, clima, uso, etc. Mas há um aspecto que torna a arquitetura específica: sua construção e materialidade. Construir com materiais e técnicas locais iria ancorar o abstrato ao lugar, e determinaria também forma e tipo, a casa pátio.
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A construção na terra em uma área altamente sísmica, implica trabalhar com regras geométricas estritas que não permitem grande variação sobre os tipos locais; estas restrições não deixariam que a casa estivesse aberta às montanhas como limites finais, ou que varie para se ajustar especificamente à topografia, geometria do lote, árvores existentes e as necessidades de uso dos clientes. A aplicação estrita das técnicas de construção locais só garantiria continuidade aparente, mas não uma integração formal autêntica.
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Deveríamos determinar uma maneira de fazer arquitetura específica desde o universal, intensificando as condições de realidade que nos pareciam essenciais mediante a abstração e materialização; como fazer uma casa de vale, não somente um objeto locado e limitado por eles? Entendendo a tipologia como uma ferramenta universal, modificada em sua forma pela materialidade, conseguimos determinar uma série de regras claras e adaptáveis para alcançar a especificidade.
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A casa pátio tradicional, construída com muros portantes de terra em planta baixa, piso alto e tetos de madeira, se abstrai em um novo tipo com pátio, definida neste caso por três compartimentos determinados pelo seu uso: um público compartilhado pelo casal e seus convidados, um privado para os hóspedes, separado pelo pátio, e um terceiro transversal sobre os outros dois para uso privado do casal.
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Esta variação tipológica da casa pátio tradicional e da casa bi-nuclear moderna somada às propriedades da construção com terra-cimento prensado e a construção por camadas de materiais leves, apontam a uma síntese do local e universal, e sua continuidade na variação.
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Originalmente publicado Janeiro 29, 2013.