O projeto para o Clube HOT HOT funde de maneira contemporânea elementos inspirados no trabalho do designer escandinavo Verner Panton, e sua linguagem pop e bem humorada, que tanto marcou os anos 1970, com um brutalismo arquitetônico típico da cena underground dos clubes noturnos e casas de sexo de Berlim.
O imóvel foi escolhido depois de cerca de 9 meses de intensa pesquisa. Localizado no centro de São Paulo, o charmoso edifício de dois andares estava em completo abandono há cerca de duas décadas e cumpria com perfeição às inúmeras exigências para abrigar o projeto da Hot Hot.
A fachada do clube não recebeu nenhuma intervenção, valorizando a própria ação do tempo no edifício, seu aspecto deteriorado e grafites.
Um túnel de luz de 20 metros de comprimento faz a ligação entre o mundo exterior e o universo Hot Hot.
No pavimento superior encontram-se lounge, bar, chapelaria, caixas e banheiros.
Um padrão gráfico baseado nos anos 1970, com grande efeito óptico foi especialmente desenhado para este espaço. Tal padrão apresenta de forma impactante a cartela cromática do clube, que varia entre o azul royal, cereja, laranja, amarelo ouro e verde oliva.
Também inspirado em Panton, 3 luminárias gigantes de madrepérola sinalizam e destacam o bar. Não menos impactante, o banheiro superior é chamado de “Golden Shower”.
No piso inferior encontra-se a pista, outro bar, caixas, banheiros, área vip e camarim. O destaque volta-se para a pista, com seu inovador e exclusivo som Funktion One. A iluminação se faz através de imensas placas de LED, cujo desenho desdobra-se por todo o teto e invade a área da escada e do lounge no pavimento superior, como um organismo vivo.
Funde-se neste ambiente, alta tecnologia e paredes, vigas e tetos descascados, enfatizando a proposta do projeto. O banheiro deste andar proporciona uma outra experiência, com elementos de concreto, cor e iluminação especial.
O projeto apresenta o universo libidinoso e sensorial da Hot Hot, numa experiência singular aos amantes da musica eletrônica.