- Área: 884 m²
- Ano: 2008
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Fotografias:John Gollings
Descrição enviada pela equipe de projeto. Hue é um prédio de 5 andares que se situa numa paisagem urbana pós-indutrial na Lord Street, Richmond. O local é restrito em três lados por armazéns de tijolos de 2 a 4 andares, enquanto do outro lado da estrada estão as traseiras de imóveis residenciais.
A diretriz era para um prédio de vários andares que maximizasse a produtividade no local. Nossa estratégia de design foi imaginar o local como uma ilha paisagística dentro de seu austero entorno industrial. O edifício poderia então situar-se como um objeto singular, escultural dentro desta paisagem. Trepadeiras que cresciam em telas construídas no perímetro também asseguraram que o aspecto de um jardim poderia ser criado para unidades dentro de seu desenvolvimento. Rotacionando levemente o edifício no terreno, amplia-se a relação do objeto com a paisagem e seu entorno, assim como possibilita maior incidência solar durante o início da manhã e o final da tarde – especialmente para apartamentos de fachada sul.
Programaticamente temos tentado criar um edifício híbrido, que contenha uma variedade de tipos de alojamento que poderia atrair uma comunidade diversificada de habitantes. Casas de dois andares com grandes pátios voltados para o norte ocupam níveis mais baixos, apartamentos de um e dois quartos encontram-se acima deles e apartamentos penthouse de dois níveis com terraços completam a secção transversal. Esta organização é rentável uma vez que maximiza o rendimento e minimiza a extensão dos corredores da área comum para apenas dois níveis. Foi também maximizada a orientação norte - com 25 dos 29 apartamentos tendo sido voltados para esta direção.
O prédio é dividido em uma série de baías de 5,4 metros de largura that are derived from the two storey terrace house party walls at lower levels. Nos níveis superiores, fachadas norte e sul ou são de madeira ou gelosias de vidro. As persianas controlam o ruído e a ventilação, bem como permitem espaços avarandados para serem utilizados como solários durante meses de inverno, efetivamente aumentando os espaços habitáveis dentro dos apartamentos.
As moradias localizadas dos níveis inferiores ocupam toda a largura do edifício e desfrutam de ventilação cruzada de fluxo passivo, do mesmo modo que as áreas de cobertura da penthouse
As fachadas leste e oeste são empenas de 4 andares que suportam o prédio. Elas são articuladas por uma série de janelas circulares de diferentes diâmetros que quebram a massa do plano da parede de uma forma envolvente e abstrata. A fachada torna-se uma presença enigmática dentro da rua. O revestimento de cedro escuro manchado serve para amplificar as qualidades texturiais e experimentais do edifício, bem como para distinguir do desenvolvimento de outros no mercado.
O prédio também oferece um espaço público para a rua na forma de sua área de pátio ajardinado. Aqui vários canteiros circulares de concreto estão espalhados em um plano de relva artificial do solo, os canteiros aparecem como se tivessem caído da fachada. Assim como a vegetação em frente e ao redor do local cresce e se desenvolve, também será o tempo da madeira, que suavemente findará, reforçando e consolidando a presença do edifício dentro de seu contexto evolutivo.