- Área: 7465 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:Rubén Pérez Bescós, José Manuel Cutillas
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício ocupa um terreno de geometria singular; o espaço disponível tem a forma de um triângulo quase equilátero cujas fachadas dão para vias urbanas distintas. Por um lado está a Avenida de las Merindades que é a única rua que circunda o edifício e portanto a rua que deve abrigar todos os acessos, o edifício também apresenta uma fachada para a Rua de la Almoceda que é para pedestres, enquanto que sua terceira fachada tem vista para o parque que leva até a margem de Queiles. Além disso o terreno apresenta um pequeno desnível crescente na direção norte-sul, de tal maneira que na esquina sul do lote, o encontro entre a Avenida de las Merindades e a Rua de La Almoceda se encontra no ponto mais alto, com um desnível total próximo a dois metros.
As características do entorno urbano do terreno presumem a necessidade de concentrar todos os acessos na fachada sudoeste, a que dá para a Avenida de las Merindades. Esta circunstância acaba condicionando a organização funcional do edifício para conseguir a localização necessária de pontos e diferentes maneiras de entrada, desde o ponto de vista do seu uso quanto do seu tratamento em termos de acessibilidade e comodidade, tamanho e imagem. Então: a via de acesso ao subsolo do edifício está no ponto mais baixo do terreno para minimizar o impacto sobre a superfície da rampa. A entrada para os escritórios da polícia está localizada próxima à entrada da garagem com um desnível em relação a cota zero de mais de um metro que se resolve com uma rampa interna. A entrada principal se aproxima da esquina sul ainda que se distancie um pouco do ponto da cota mais alto para facilitar a acessibilidade do conjunto do edifício. Junto à entrada principal colocou-se o acesso ao Tribunal. Por Último, na Rua de La Almoceda aparece uma saída de emergência que poderia ser utilizada, se assim fosse decidido, como ponto de acesso das pessoas da corte.
A localização e distribuição dos acessos, obviamente, refere-se diretamente à organização das circulações do edifício e a determinação de suas áreas de uso, questões que estão intimamente relacionadas. A verdade é que a localização dos acessos e a relação estabelecida entre eles é ideal para as exigências quanto aos requisitos do programa, o que resulta em uma solução geral possível, mas, ao mesmo tempo, muito consistente. A forma do lote provoca uma volumetria com grande compacidade. Por isso, a primeira decisão, em face da divisão das funções, é a introdução de um vazio no coração do quarteirão que está configurado como um pátio coberto que introduz luz no centro do edifício que abriga de forma simbólica a escadaria principal do edifício. Os diferentes usos do edifício se dispõem ao redor deste pátio que formalmente se define como um triângulo equivalente ao que conforma os alinhamentos externos, apesar que as diferentes necessidades superficiais de cada um dos usos movimentam este triângulo até o sul do quarteirão.
A aparência externa do edifício apenas mostra a organização descrita. Cada piso é tratado com uma imagem externa que responde à organização interna, todo o edifício envolvido com placas de peças pre-fabricadas de micro concreto protendido criando uma fachada com espaços de ventilação, desaparecendo em áreas designadas como salas de espera, escritórios ou outros usos. Onde se encontram diferentes grelhas para saída de ar ou proteções visuais, e molduras de metal com vidro de segurança. A entrada principal é marcada com uma varanda de altura dupla afunilada na qual está inserida uma pequena caixa de vidro contendo o portão de entrada, na parte de cima desta varanda alojaram-se as bandeiras previstas. Procura-se conseguir um edifício sóbrio que afirme enfaticamente seu status como marco urbano, ao mesmo tempo que expresse ao exterior a configuração interna de suas funções.