O escritório de advocacia especializado em Entretenimento e Propriedade Intelectual funcionou por muito tempo em duas grandes casas no Pacaembu. O ambiente de trabalho era descontraído, com muita luz natural, mas a excessiva divisão dos ambientes comprometia a integração entre as equipes e a limitação de espaço impedia a expansão da empresa. Decidiram pela mudança de endereço.
Fomos contratados então para auxiliar na avaliação dos imóveis visados e, depois de alguma busca, o encontro deste edifício dos anos 70, situado na Avenida Paulista e com planta sui generis (um salão único de 7 x 70 m com grandes janelas em todas suas faces) era claramente a melhor opção.
A geometria do salão levou a uma ocupação óbvia, mas bastante funcional: um corredor central, sobre o qual corre uma bandeja técnica para passagem dos troncos de instalações, criando uma coluna vertebral a todo o escritório. Perpendiculares a este eixo são distribuídas as estações de trabalho, distanciadas entre si na modulação dos caixilhos. A retirada do forro de isopor descortinou uma estrutura de concreto nervurada, que decidimos deixar aparente, cujas vigas apóiam-se em pilares que formam os mainéis entre as janelas. Assim, a distribuição das estações de trabalho toma partido da estrutura para as soluções espaciais e de iluminação, integrando completamente a arquitetura original do edifício na ocupação do espaço.
Os materiais empregados procuraram atender aos requisitos do cliente, por soluções sóbrias, espartanas e sustentáveis, e assim optou-se por linóleo no piso, mobiliário e bandeja técnica em MDF, emprego de painéis de eucalipto reflorestado na recepção, amplo uso da iluminação natural e iluminação artificial com alta eficiência nos ambientes de trabalho e LED na circulação central. Assim, o escritório ficou com uma atmosfera sóbria, mas incomum, bem adequada à imagem e ao trabalho desenvolvidos pela empresa.