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Arquitetos: TAM - Guillermo Elgart
- Área: 296 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: Casa Blanco, Cerrosud, Pasalto Hormigon, Pintureria "Del centro"
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um plano horizontal suspenso em um terreno com declive natural. Esses dois elementos delimitam o vazio a ser trabalhado. Dentro deste espaço contido, organizam-se volumes soltos que delimitam as diferentes funções do habitar.
O terreno está localizado em uma rua sem saída, portanto, o lote tem um limite circular de 1350 metros com um declive acentuado que se eleva em direção ao fundo. Na frente uma pequena praça, já na parte posterior, um grande espaço verde que se abre a norte.
Desenvolvimento. A matéria mais rica é o espaço verde circundante. O objetivo é capturá-lo. O grande plano horizontal se estende, captura o exterior e o torna seu. Sob a grande cobertura e com a função de proteger-se da rua, existe uma base de pedra fechada que abriga a casa.
No sopé e sob a cobertura, a planta baixa é aberta com as funções sociais que, devido à diferença de nível, têm vista para a rua e, nos fundos, tem acesso direto ao nível do parque. Do outro lado, as áreas íntimas cobrem parcialmente a garagem, protegida sob o grande telhado e também com vista para a rua.
No corte, os espaços se conectam e se relacionam, criando diagonais constantes que rompem a caixa. A partir dos quartos, há um domínio visual da composição, que fica dois níveis abaixo e a 20 metros de distância.
Cheios e vazios são capturados pelo plano escuro. A isso se soma o terraço verde, acoplado na marcenaria da sala de estar e jantar e, devido à sua inclinação, garante privacidade e direciona o olhar para o céu.
Pesquisa. Planta baixa, planta de cobertura suspensa e, portanto, a geração de um espaço onde as funções se movem livremente dentro dele. Estar, circular, dentro e fora. A linha que define o interior e o exterior se move livremente sob ela. Trabalhar com aberturas espaciais constantes e em todas as direções, como se estivesse caminhando sob uma grande cobertura.
Investigar a multiplicidade de situações espaciais foi a premissa deste projeto. Conectar-se com a natureza foi o ponto de partida. Criar um espaço privativo, protegido, sem a continuidade visual dos condomínios fechados.
A casa é desenvolvida em meios níveis conectados por um sistema de rampas, que primeiro é externo e depois continua no interior. O primeiro trecho se adapta ao terreno natural e chega ao hall de entrada/ área social. A partir daqui, é possível continuar o percurso em rampa que leva à área íntima.
A relação mais procurada é a espacial. A cobertura onipresente conecta todos os espaços e os organiza. Todos estão abaixo dela. Os espaços de convivência e os espaços de circulação. As rampas passam por baixo dela e levam a diferentes lugares que se comunicam. O olhar passeia por diferentes pavimentos e sempre observa o verde que dá sentido à tipologia adotada.