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Arquitetos: Janaína Araújo Arquitetura e Interiores
- Área: 47 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Estudio NY18
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Fabricantes: A de arte, André Ferri, Castelatto, Construflama, De.Copa, Deca, Ensense, GALERIA MURILO CASTRO, Gustavo Bittencourt, Hogar, Industrial Home, Inovar Cortinas, Leform, Marrie Camille, Portinari
Descrição enviada pela equipe de projeto. O ambiente “Imersão” foi um projeto da arquiteta Janaína Araújo, para a CASACOR Minas, de 2023. O conceito do projeto se desenvolveu a partir de necessidades advindas dos clientes do escritório, sendo um espaço para relaxamento e reconexão interna. Desde o início dos tempos, a primeira necessidade do homem foi de abrigo, que hoje entendemos como casa: um espaço de proteção e acolhimento. Com o desenvolvimento das civilizações, foi surgindo a demanda por espaços de descanso, que foram sendo construídos e modificados com o passar do tempo, mas sempre tendo a água como um elemento presente. A água simboliza a vida e a cura, buscadas pelo ser humano desde os primórdios.
A partir dessas relações surge a “Imersão”, como um local para se habitar e tratar o corpo e a mente. O espaço, por meio das experiências sensoriais trazidas pela água, texturas e iluminação, causa a profunda sensação de relaxamento. A simbiose entre corpo e espaço acontece por meio dos reflexos proporcionados pelo espelho d'água, no momento de imersão na banheira, passando um a fazer parte do outro. Um fator determinante para a concepção do projeto, foram as vigas existentes no local, com dimensões relevantes, que impactavam diretamente em um pé direito reduzido no espaço. O que seria um impasse, acabou se tornando um ponto fundamental para a formação do projeto. As vigas foram revestidas em madeira, com uma estrutura ripada entre elas, sobre uma tela tensionada, fazendo a releitura de uma claraboia.
As vigas também foram fundamentais para sustentar uma cama suspensa, presa por cabos de aço, localizada acima do espelho d’água, sendo um ponto de encontro entre as banheiras. A bancada, também fixada nas vigas, fica elevada em relação ao piso e descolada da parede, se tornando um elemento solto no espaço, como uma obra à parte. Além disso, os espelhos em diagonal, criam um jogo de imagens que intriga quem passa por ali. A mistura de texturas como sisal, madeira, palha e pedras, trazem elementos naturais, característicos nos projetos da arquiteta. Por fim, a água que circula constantemente entre as torneiras e chuveiros no espelho d’água, além de gerar frescor no ambiente, produz um som que desconecta do espaço externo, criando uma experiência imersiva naquele momento e local.