-
Arquitetos: La Cabina de la Curiosidad
Pedras. As duas acomodações foram desenvolvidas em uma pedreira de no povoado de Baños de Agua Santa, Equador. O terreno é cercado pelo Vulcão Tungurahua, que vem entrando em erupção por 20 anos, além de um rio Pastaza correndo ao lado.
O terreno é dividido em duas áreas e, assim, em duas lógicas diferentes. (1) Uma onde ocorre a exploração da pedreira, correspondendo a 40% da área. Caçambas, escavadeiras, peneiras e grandes volumes de pedras são a paisagem circundante. (2) A área restante que não recebeu intervenção ou está em processo de recuperação. Esta zona possui diferentes ecossistemas com vegetação nativa, com diferentes ciclos climáticos, portanto, a vegetação muda. Nas áreas mais altas predominam tipos de agave e a vegetação baixa andina, enquanto nas áreas mais baixas com sombra onde existem corpos d'água, a vegetação é exuberante e úmida.
Alterando modelos. A família proprietária está investindo sua energia em um processo de sucessão de atividades, transacionando de um modelo extrativista para uma ideia de conservação dos ecossistemas do terreno. O objetivo é ter atividades turísticas de aventura, aproveitando suas grandes paredes de rocha vulcânica para escalada. Eles têm áreas de acampamento e, agora, acomodações.
Acomodações com memória de uma pedreira. Todos os objetos obsoletos que a pedreira esqueceu foram valorizados, como elementos de um diálogo entre o tempo e a memória, acompanhando essa circunstância única. O caráter das acomodações pertence à pedreira.
Nessa reformulação espacial, os materiais vêm de 3 lugares. (1) O contexto natural - pedras gigantes que foram colocadas são remanescentes e ausências do que foi removido na atividade de extração ao longo dos anos, agora são as estruturas de suporte. Na beira do muro de 50 metros de altura e 400 metros de largura, foram utilizadas lajotas de pedra, que usamos para as pias. Cascalho e areia foram colocados em caminhos e espaços externos.
(2) Reciclagem - As peneiras e os tubos de oleoduto são elementos estruturais que não estão mais em uso. Peças de metal, pedras trabalhadas, vergalhões e madeiras (duelas e vigas) são elementos que foram armazenados de antigas construções do povoado de Baños. Também havia um rolo de cabo de aço grosso, baldes, pregos, entre outros elementos próprios de peças sobressalentes de máquinas. Esses elementos reciclados abraçam os novos visitantes, criando espaços com o espírito e o sabor da pedreira quee se harmonizam com a vegetação nativa original.
O vulcão (3). A madeira de pinho e colorado nova proporciona ao visitante uma qualidade espacial e conforto necessários nos interiores das acomodações e na área de refeições intermediária. As construções foram estruturadas por duas grandes tesouras pré-fabricadas, fáceis de elaborar e transportar. A experiência é a de um observatório projetado diretamente para o vulcão Tungurahua que se intensifica para que a vivência seja majestosa e com muita conexão com o local.