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Arquitetos: Baldó Arquitectura
- Área: 169 m²
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Fotografias:Luis Asín
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Fabricantes: Focus, Hoppe, ICONICO, Industrias ROGO SL, JUNG, MOSO, OBBO, Porcelanosa Grupo, SIMONSWERK North America, Technal, Thermochip
O lugar. O projeto nasce como resposta arquitetônica à construção de um pavilhão para convidados anexo à piscina de uma residência existente no ambiente rural de Cantábria. O terreno se estende com uma leve inclinação descendente para o norte, com a residência, a piscina e o pavilhão na área sul do lote. O clima local adquire um valor fundamental, onde os fortes ventos, a chuva e o sol de verão se tornam protagonistas.
O objetivo. O pavilhão pretende ser uma edificação "pool house", criando um diálogo entre arquiteturas diferentes, formando um espaço, com a piscina como elemento central e de união entre a residência existente e o novo pavilhão, onde os materiais naturais ganham especial relevância. A proposta. Nesse contexto, é projetado o pavilhão "GODAI", termo com o qual são conhecidos no Japão os chamados "cinco elementos": terra, água, fogo, vento e vazio. Uma grande cobertura unifica os diferentes usos, os cômodos dialogam com a natureza através da transparência das fachadas, e os tetos interiores são trabalhados como "origami", desvinculando-se do envoltório exterior e personalizando o espaço que formam.
O bambu se torna o protagonista da obra, buscando o "efeito noz", através de uma pele exterior de bambu negro, escura e robusta, e uma interior de bambu natural, luminosa e acolhedora. A fachada exterior degrada sua opacidade, passando da opacidade total para a transparência. Uma segunda pele de lâminas de bambu enfatiza esse aspecto através de um ritmo na separação entre elas que segue a sequência de Fibonacci. Os revestimentos interiores também são de bambu, tanto em paredes, pisos e tetos, em homenagem aos "washitsu", ou quartos de estilo japonês tradicional. Os tetos se adaptam dobrando-se e desvinculando-se formalmente da cobertura exterior.
Sustentabilidade - O pavilhão propõe sistemas passivos de alta eficiência, como a grande cobertura, de proteção solar e pluvial, o sistema de lâminas verticais que permitem privacidade, ventilação cruzada e iluminação sem incidência solar. Mas são os materiais utilizados os que realmente lhe conferem protagonismo, isolamentos naturais como cortiça e lã de rocha mineral, divisórias internas de madeira de pinho local e painéis de OSB reciclados, painéis sanduíche de cobertura de OSB com núcleo de fibras de madeira reciclada, e o bambu, como protagonista da construção, sendo utilizado em pisos, paredes e tetos, tanto internos como externos.