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Arquitetos: Guillermo Hevia García
- Área: 175 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Nicolás Saieh
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto é uma instalação de grande porte construída durante um festival de música em um parque público, a qual busca gerar consciência sobre a contaminação dos oceanos com resíduos plásticos.
O pavilhão apresenta o plástico e o lixo acumulados em seu estado real de resíduo, da mesma forma em que são encontrados no mar flutuando, como uma verdadeira ilha. Não nos interessa apresentar o lixo em um formato atraente, mas sim impactar, apresentando-o em seu estado bruto.
Decidimos levantar uma tonelada de plástico e resíduos, de forma que estejamos abaixo deles. Para sustentá-los foi construída uma cúpula invertida com rede de pesca e tensores, transparente, que é preenchida com o lixo e os resíduos. A cúpula invertida é uma forma única e singular, que permite configurar um espaço notável abaixo dela.
Para sustentar essa cúpula invertida, é construída uma estrutura de madeira configurada pela repetição de uma única peça ou estrutura, fazendo referência aos píeres de madeira encontrados em todas as costas do mundo. Essa estrutura pode ser montada e desmontada facilmente e pode ser reciclada, sem gerar resíduos, para abrigar um novo uso e em um novo local.
O projeto é um artefato que se destaca por sua forma inesperada no meio do parque. Em seu exterior, constrói-se um perímetro no qual os usuários podem sentar, descansar e percorrer, enquanto seu interior contém um espaço para se reunir sob a cúpula.
A planta é um círculo, uma forma que funciona muito bem no espaço aberto do parque, já que é percebida da mesma forma desde todos os ângulos, permitindo sua localização em qualquer lugar. Estruturalmente, a circunferência é a forma mais eficiente para sustentar a cúpula invertida, pois o peso e a força são distribuídos de forma homogênea pela estrutura.