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Arquitetos: IDIN Architects
- Área: 475 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:DOF Sky I Ground
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Fabricantes: American Standard, Hafele, Lamptitude, Light Up, SCG, Sana, Sita
Descrição enviada pela equipe de projeto. Harudot é um café independente em Chonburi, uma famosa cidade litorânea na Tailândia. Este café é resultado de uma colaboração entre o proprietário da marca Nana Coffee Roasters e o proprietário do imóvel, que tem um interesse particular por plantas com formas únicas. O nome "Haru" se traduz como "Primavera" em japonês, referindo-se às ideias de "novo começo" e "crescimento", enquanto "Dot" simboliza um "ponto de partida". Os dois principais requisitos para este café foram, primeiro, projetar um "destino" com uma experiência interessante que fosse capaz de atrair visitantes e, segundo, incluir a identidade do proprietário do imóvel no projeto, a fim de materializar essa colaboração única. O arquiteto escolheu focar no conceito de novos começos e crescimento ao incluir as árvores no centro do projeto. Aqui, uma árvore garrafa (baobá) foi colocada em um pátio interno onde a forma rígida da arquitetura é recuada para permitir seu crescimento em direção ao céu. Isso faz parecer como se a semente do baobá tivesse sido plantada muito antes e crescido em relação com a arquitetura com o passar do tempo.
A identidade dessa marca de café é fortemente inspirada na cultura japonesa, à qual o arquiteto traduz na ideia de simplicidade humilde, mas com atenção aos detalhes. Isso é representado pela face externa do projeto, que utiliza três formas simples de muro na cor preta para um visual sutil que contrasta com as paredes de madeira de pinho naturalmente quentes dos interiores. Ao entrar no café através dessa superfície, o espaço se transforma e se curva enquanto leva os convidados mais adiante, onde o espaço se torna mais dinâmico e memorável.
A construção é dividida em massas menores para adequá-la à escala humana, estabelecendo diferentes zonas, como o bar, a área de consumo de café, o lounge, a sala de reuniões e os banheiros. A forma gigante do telhado de cada volume é separada em certas partes, permitindo que a árvore penetre por um vão até o céu, criando um espaço semi-externo abaixo. Esses vazios também resultaram em uma forma curva interessante que conferiu movimento e dinamismo à arquitetura. Os vazios permitem que a chuva e a luz solar entrem no pátio semi-externo, mantendo uma conexão com a natureza apesar das paredes fechadas. Esses elementos de abertura continuam no espaço interno, onde, em vez de vazios reais, eles são fechados com tetos tensionados da marca Barrisol que ajudam a difundir a iluminação interna, criando um espaço quente e suavemente iluminado. O teto Barrisol também ecoa os vazios abertos reais no pátio, conectando visual e conceitualmente ambos os espaços em uma totalidade.
O arranjo dos assentos é projetado para ser contínuo como uma fita, envolvendo o espaço interno para criar continuidade, enquanto a altura desses balcões difere para se adequar às diferentes funções e usos. Os assentos ao ar livre são feitos de resina misturada com borra de café, arroz e folhas para combinar com o programa.
A atenção aos detalhes se estende aos elementos gráficos, como as fontes e sinalizações personalizadas, que foram inspiradas por pontos circulares e pela estação da primavera. O piso é de granilite, e as juntas de dilatação são elementos necessários nesse material. Portanto, o arquiteto projetou especificamente as juntas do piso para serem circulares, com inserções de citações e palavras incorporadas que levam a diferentes funções no café. Outro elemento lúdico inclui o padrão de pétalas de flores no piso de granilite, irradiando para fora como se tivessem caído das árvores reais. O arquiteto estabeleceu uma conexão lúdica através dessa interação entre as diferentes dimensões, resultando em outro truque escondido para os clientes descobrirem.