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Arquitetos: Adriano Pimenta
- Área: 2900 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:José Campos
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Fabricantes: Archvaladares, Boavista Windows, Landlab, Saint-Gobain, Secil Portugal, Trancar Doors
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto Dom Pedro V conjuga a recuperação da casa senhorial no centro do terreno, transformada em boutique hotel, com a construção de novas casas com tipologias entre T0 e T3, e com conceitos de habitação distintos, mas coesos, cuidadosamente elaborados no terreno em socalcos.
Respeitando a história dos três arruamentos que delimitam o terreno, bem como os elementos estruturantes da topografia urbana do Porto, redesenharam-se os socalcos e os muros de granito. A estes aliou-se o betão das unidades habitacionais complementado com a vegetação suspensa nas vigas que demarcam cada pátio e jardim.
As amplas áreas exteriores surgem como complemento à localização ímpar no topo da rua de D. Pedro V com vistas privilegiadas sobre o rio Douro.
O edifício pré-existente, âmbito de uma recuperação nas suas peças essenciais, passa a ter um uso de uma Guest House, compatível com o da habitação, prestando serviços de alojamento temporário, com 7 suites dividido em dois pisos. O piso inferior, rebaixado, criou-se uma zona de convívio e de arrumos. Este piso tem acesso direto ao exterior e à piscina parte do condomínio.
As novas moradias, que fazem parte da proposta, são compostas por 25 unidades de um piso ou de dois pisos. Todas as habitações são servidas por acessos independentes, diretos ao exterior e dentro do condomínio. A cota de implantação de cada habitação varia, consoante a sua localização dentro do terreno, procurando tirar o melhor partido da topografia e dos socalcos existentes.
A implantação e seus volumes propostos, assim como as suas formas, integram-se cuidadosamente na topografia existente, e com uma escala e numa imagem característica habitacional: as casas-pátio, aproveitando os socalcos e muros existentes, e as casas em bloco edificado de 3 pisos na ligação com a rua da Pena e onde se apoiam no muro de granito existente.
O conjunto habitacional prevê alguns espaços independentes isolados do seu conjunto, preservando a intimidade necessária ao seu uso como as casas pátio com o seu jardim isolado e independente. Cada casa desenvolve um programa de 1, 2 e 3 quartos, distribuídos num único piso ou em 2 pisos.
O seu desenho cria espaços de intimidade, e simultaneamente com uma relação aberta para o exterior, na forma de pequenas áreas ajardinadas ou varandas desafogadas. As casas têm a predominância da orientação para nascente, de forma a não confrontarem espaços habitáveis entre casas e promoverem a privacidade do seu interior.