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Arquitetos: Hiroyuki Ito Architects
- Área: 816 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Masao Nishikawa
PRISM Inn Ogu / Um hotel para estadias de longa duração - O projeto está situado em um local próximo ao centro da cidade e tem fácil acesso a partir do aeroporto. Em Tóquio, quartos de hotel capazes de acomodar grupos de quatro ou cinco pessoas juntos são tradicionalmente escassos e, quando disponíveis, costumam ser bastante caros. Aqui, o objetivo era facilitar o alojamento de famílias e grupos maiores, especialmente visitantes do exterior, especialmente da Ásia. O design resultante precisava equilibrar cuidadosamente o conforto de cada hóspede, seja ao ficar junto como parte de um grande grupo de pessoas ou ao ficar em um grupo menor.
Inicialmente, devido à altura da torre, previa-se que o sistema de coluna e viga seria muito volumoso. No entanto, ao segmentar o espaço com a estrutura da torre, foi possível alcançar uma distância adequada entre as camas de forma mais eficiente do que seria possível usando divisórias ou cortinas. A disposição escalonada das colunas criou um espaço fluido e dinâmico, evitando a colocação das colunas na interseção das vigas perpendiculares. Essa abordagem foi preferida em vez de um layout com colunas em cada canto do prédio, pois não apenas teria restringido a sensação de amplitude, mas também teria resultado em uma distância insuficiente entre as colunas, considerando as dimensões das camas.
As vigas intermediárias de concreto armado que suportam o piso do mezanino foram dispostas de forma semelhante às pás de um moinho de vento. Ao alternar a direção dessas vigas entre os pisos superior e inferior, conseguimos melhorar a rigidez de todo o prédio. A altura das janelas da fachada foi cuidadosamente planejada, levando em consideração tanto o layout interno dos móveis quanto as condições externas. Essa disposição permite que a luz entre de três direções diferentes, criando o máximo de espaços internos confortáveis possível.
Foram inseridas vigas horizontais intermediárias para dividir as colunas verticais em duas partes, gerando novos espaços vazios tanto acima quanto abaixo. Com isso, essas vigas intermediárias também desempenham o papel de unir duas colunas em um único elemento estrutural em grande escala. Ao longo de todo o projeto, a estrutura se adapta à escala do corpo humano, oferecendo espaços para serem habitados, seja como divisórias de ambiente, portas, recantos para camas ou até mesmo assentos. No entanto, mesmo ao transcender a escala humana, a estrutura mantém sua autonomia como elemento construtivo.