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Arquitetos: Álvaro Siza Vieira
- Área: 4204 m²
- Ano: 2023
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Fotografias:Filipe Braga, Pedro Cardigo
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situar-se-á a poente do Museu, em clareira do jardim e a ele ligado por galeria elevada, permitindo não obstruir a via que se separa os dois edifícios.
O projeto prevê três pisos com o pé direito livre de 3m (cave), 5m (piso 0) e 5.80m (piso 1) e com o seguinte programa:
Piso 1 (cota 60.56): À mesma cota do museu, permitindo por isso a continuidade do percurso desde a recepção e uma utilização comum dos serviços existentes. O edifício poente poderá contudo ter acesso independente a partir do piso 0. Abriga a galeria de acesso do museu, com caixa de escadas e ascensor, uma sequência de 18 salas de exposição, uma antecâmara para monta-cargas e uma galeria de acesso e caixa de escadas acessível diretamente a partir do portão de serviço do jardim, do lado sul.
Piso Intermédio (cota 57.18): Átrio de acesso ao exterior, do lado leste.
Piso 0 (cota 53.98): Átrio, caixa de escadas e ascensores (do lado este), instalações sanitárias, salas da Coleção de Serralves, Sala 1 e Sala 2, Coleção Sonenberg, antecâmara para monta-cargas (do lado sul), Galeria de acesso e caixa de escadas (sul) 63.06 m2
Piso -1 (cota 50.06): Átrio, caixa de escadas, ascensores e corredor distribuição, balneários, arquivo, área técnica, antecâmara para monta-cargas.
A implantação e a articulação em planta propostas minimizam o impacto do jardim do novo edifício, quer pela área ocupada quer pela envolvência do arvoredo a manter.
O edifício será construído com paredes em betão armado rebocadas exteriormente e revestidas com cartão gesso no interior. As lajes da cobertura serão em betão armado. Os pisos interiores serão revestidos a madeira ou mármore (em zonas de águas) e as esquadrias interiores e exteriores serão em madeira esmaltada. Serão projetados com as exigências devidas a iluminação (natural e artificial), o tratamento do ar e as redes de águas e saneamento. Serão cumpridas as normas e os regulamentos exigentes.
O Parque de Serralves, no qual este projeto se insere está definido no Plano Diretor Municipal (PDM) na Carta de Qualificação do Solo como “Área Verde de Utilização Pública”. De acordo com o PDM o total de área impermeabilizada de construção permitida é de 5% da área total do Parque. Sendo esta área total 196 021,95m2, este limite de área impermeabilizada é de 9 801.09m2.
Adicionando este novo edifício a área total impermeabilizada perfaz 9 519,20m2 – o que constitui 4,85% da área total do parque, abaixo do limite máximo permitido.
Porto, 16 de Outubro de 2019
Álvaro Siza, arquiteto