Descrição enviada pela equipe de projeto. Cycle Cycle é um café e padaria temporários. O cliente queria explorar a relação entre comida e contexto neste projeto, o que combina perfeitamente com a filosofia de projeto de nosso estúdio - a conexão entre contexto e comida, entre arquitetura e pessoas, é essencialmente a mesma narrativa de "superfície" e "essência". Através da contemplação dos "costumes locais" e "sentimentos humanos", tentamos usar a arquitetura para redescobrir a conexão entre pessoas e local, e entre as pessoas em si na sociedade de hoje.
A imagem geral do carrinho tem origem em um celeiro, evoluindo para uma estrutura de madeira que sustenta um toldo e apresenta painéis para sombra nas laterais, lembrando um abrigo pequeno encontrado em campos onde os agricultores fazem uma pausa. Usamos sacos de grãos empilhados como fachada, combinados com a forma dos tijolos, criando um efeito visualmente robusto e acessível. As aberturas esbeltas nos "sacos empilhados" são baixas, oferecendo às pessoas a sensação de espiar um celeiro. Essas aberturas revelam seletivamente atividades internas, conferindo ao carrinho uma distinção entre "palco" e "bastidores". Enquanto isso, as aberturas dispersas na fachada permitem que a luz natural entre no interior, enfraquecendo a sensação de escala do volume através das perspectivas e empilhamento de elementos. Ao levantar os painéis e abrir cortinas cria-se um espaço semiprivado.
Incorporamos alguns elementos de design "low-tech" enquanto utilizamos a estrutura em si, encorajando as pessoas a interagir com o carrinho natural e casualmente, aprimorando suas qualidades de "intervenção". Por exemplo, o chassi do carrinho é um círculo de assentos, com sacos de grãos servindo como "almofadas", colunas trapezoidais atuando como "descansos de braços", enquanto ainda garantem o espaço pessoal dos usuários. Os assentos também se inspiram em banquinhos rurais comuns, com essa escala específica, embora sutil, destinada a permitir que as pessoas experimentem as intenções do projeto durante a interação.
Para atender à necessidade de realocação periódica, o projeto enfatiza sua natureza pública e potencial para expansão externa, visando integrar-se organicamente com a paisagem urbana, até mesmo fomentando novas atmosferas. Muitos aspectos da instalação rejeitam a quantificação padronizada; arquitetos e construtores trabalham juntos para encontrar soluções, resultando em um senso de improvisação e temporariedade. O que melhor reflete a essência da arquitetura não são os detalhes polidos, mas sim, os materiais crus e incontroláveis como o toldo liso ou o tecido áspero, que mantêm um senso de aleatoriedade e fomentam uma beleza selvagem no ambiente natural.