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Arquitetos: DeRoché Strohmayer
- Área: 500 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Julien Lanoo
Descrição enviada pela equipe de projeto. Entre as residências artísticas que surgiram recentemente em toda África Ocidental, o dot.ateliers|Ogbojo em Accra, Gana, se destacou ao focar em descanso e reflexão. Este oásis, localizado nos arredores da cidade, combina espaços de convivência e trabalho colaborativo informal com a natureza, contribuindo para uma abordagem holística em relação à criatividade. Este hub criativo, iniciado pelo artista Amoako Boafo, procura ser um local para intelectuais e artistas convidados compartilharem um ambiente para viver, refletir e descansar ao longo de vários meses durante o tempo em que passam nesta incubadora criativa - uma articulação perfeita para contemplação e lazer.
Projetado para ser um local de descanso e regeneração, este projeto de reuso adaptativo é caracterizado por pátios e vazios em todas as escalas, criando espaços de calma e diferentes níveis de privacidade dentro de um contexto urbano heterogêneo e dinâmico. A expressão arquitetônica do dot.ateliers|Ogbojo equilibra as características institucionais e domésticas do briefing através de um volume estratégico, bolsões exuberantes de vegetação e acabamentos refinados. O projeto mantém o volume existente no local, enquanto uma série de estruturas auxiliares foram adicionadas para completar o programa.
As estruturas antigas e novas são conectadas por jardins exuberantes e uma nova cobertura que promove a vida ao ar livre nos trópicos. A cobertura também define o pátio central, que é utilizado de forma flexível pelos residentes e convidados para contemplação e lazer, além de sediar grandes jantares comunitários para criativos e pensadores. A articulação dos interiores foi cuidadosamente elaborada para permitir um fluxo contínuo de um cômodo para outro.
Cada cômodo no térreo é emoldurado por uma vista externa - uma janela panorâmica - das muitas paisagens temáticas que cercam o volume principal, permitindo uma conexão contínua com a natureza. A estrutura de dois andares existente foi mantida, abrigando todos os programas comunitários como sala de estar, biblioteca, academia e cozinha no térreo e quartos privativos com banheiro no primeiro andar. O volume não apenas emoldura as vistas para os jardins, mas também para o céu através de uma série de shafts de luz que permeiam os interiores e exteriores da edificação em várias localizações e profundidades, permitindo uma abundância de luz sem ganho de calor direto.
Embora seja um projeto de reuso adaptativo, a edificação abriga muitas estratégias sustentáveis passivas que ajudam a minimizar o ganho de calor, reter águas pluviais para irrigação e utilizar energia solar para as lâmpadas e aquecedores de água. Uma das principais características que contribuem para alcançar temperaturas interiores moderadas é o uso da nova cobertura. A cobertura não apenas fornece uma passarela coberta entre os vários volumes, mas também atua como um moderador de luz, bloqueando o ganho de calor direto do sol onde há vidraças extensas. Todas as outras aberturas, emoldurando as vistas para os jardins externos, são recuadas em uma parede profunda, permitindo uma redução adicional do ganho de calor. Grandes aberturas operáveis também permitem uma quantidade substancial de ventilação cruzada, reduzindo qualquer consumo de energia utilizado para ar-condicionado.
Concreto de baixo carbono produzido localmente foi utilizado para moldar todos os novos elementos. Uma versão desta mistura foi aplicada externamente e finalizada usando um método de terra áspera que ecoa as construções de terra artesanais de Gana. Para os interiores, esta mistura de baixo carbono foi usada para revestir suavemente a parede da fachada, enquanto os espaços também foram revestidos com madeira de nogueira de origem local que reforça o caráter harmonioso dos ambientes, bem como as ideias holísticas de sustentabilidade e beleza que orientaram o projeto.
