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Arquitetos: Perkins&Will
- Área: 5500 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Renato Navarro
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Fabricantes: Terracor, Areeva, Cavaletti Riccó, Doimo, EPT Engenharia, Fernando Jaeger, Hichpen, Insight, Lumini, Líder, Mobiliário, Novo ambiente, Vescon
Descrição enviada pela equipe de projeto. Adentrar um edifício e sentir como se tivesse ganho uma passagem só de ida para um arquipélago tropical. Essa é a proposta do Galapagos, projeto de interiores corporativos desenvolvido pela Perkins&Will São Paulo para a gestora de investimentos. De mudança para um edifício monousuário na Avenida Rebouças, a Galapagos Capital entra em uma nova era ao ocupar um dos trechos mais tranquilos e arborizados da cidade, conhecido como "Reboucinhas". O empreendimento é desenvolvido de forma circular, com átrio central arborizado, que representa a conexão natural entre os cinco pavimentos do edifício. Ali, arquitetura e paisagismo (por Zien Arquitetura e André Paoliello, respectivamente) criam um refúgio com vegetação diversa e espelho d’água.
A relação com o entorno nos deu a oportunidade de estudar mais a fundo as jornadas dos usuários. Partindo da entrada principal pelo átrio central, o programa inicia-se com o Client Center, para a recepção de visitantes e colaboradores, onde também se encontram as áreas de convivência ao ar livre, como praça de eventos, cafeteria e auditório para workshops. Já no primeiro pavimento, estão as áreas de concentração: ali, encontram-se phone booths, salas de trabalho para diversos times e estúdio de para conteúdo audiovisual, demandas de uma empresa em constante evolução. Para fechar, um coffee lounge busca promover momentos de descontração ao conectar primeiro e segundo pavimentos, onde uma grande cafeteria introduz ambientes de data center, salas de reunião e mais espaços de trabalho. No rooftop, uma área de convivência ao ar livre, destinada a conversas informais, oferece vista privilegiada para a cidade.
A conexão visual entre interior e exterior é um dos principais atrativos do projeto, que permite a contemplação da vida dentro e fora do escritório. Tal estratégia foi viabilizada pela alocação das salas de reunião e áreas reservadas junto ao átrio interno do edifício, em disposição circular, facilitando fluxos e otimizando o uso de luz natural. O edifício onde o escritório se localiza foi incorporado pela Stan, com construção da Rocontec e engenharia Athiè Wohnrath, em projeto arquitetônico da Zien Arquitetura. Os interiores corporativos da Perkins&Will buscam trazer o arquipélago de Galapagos para dentro da cidade de São Paulo, utilizando materiais naturais no mobiliário, tampos de mesa e pisos. Além disso, o azul, que representa tanto o céu quanto as águas do paraíso tropical, está presente em toda a sede: do espelho d'água no átrio central ao tom do forro da cafeteria. Ao explorar o contraste entre o mundo corporativo e a natureza, o projeto reflete a identidade da Galapagos Capital e reforça sua capacidade de atuar no equilíbrio entre eficiência e sensibilidade, consolidando a confiança de seus clientes.
Sustentabilidade e tecnologia - Segundo Carlos Andrigo, arquiteto da Perkins&Will, projetar os interiores de um edifício ainda em construção foi um desafio: "A distribuição do programa ao longo dos andares foi bastante complexa. Foi necessário projetar imaginando os fluxos e experiências de cada ‘persona’ que adentrará o prédio – sejam clientes, visitantes ou colaboradores", explica. Ao mesmo tempo, o arquiteto aponta que trabalhar dessa maneira trouxe ganhos significativos de sustentabilidade, uma vez que foi possível alterar aspectos do projeto ainda na planta, evitando resíduos de obra e desperdício de materiais, além de melhorar o uso da iluminação natural e valorizar o paisagismo.
A solução multimídia é outro destaque do projeto: pensada juntamente ao projeto de arquitetura, resultou na instalação de uma tela de led de 6m² no átrio central, criando uma experiência imersiva para a divulgação de informações estratégicas relacionadas a negócios e investimentos. Uma coincidência deu um toque especial ao projeto: "Ao olhar para o prédio, identificamos uma analogia física entre a fachada frontal do edifício e o Arco de Darwin, uma formação rochosa muito expressivo presente em Galapagos, quase um cartão-postal do arquipélago", acrescenta Carlos Andrigo.