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Arquitetos: Atelier d’Architecture Brenac-Gonzalez
- Área: 1953 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Sergio Grazia
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Fabricantes: Lorillard Occitanie, Pyrénées Charpentes
Descrição enviada pela equipe de projeto. Diretriz principal do projeto e suas variações - A Maison des Services Latécoère é simples, afirma Xavier Gonzalez: "É um pavilhão no parque que reúne as pessoas. É como um espaço de festa. É um lugar para se conectar." A tipologia do pavilhão de chá serviu de inspiração para este projeto com estrutura de madeira. Um hino à plasticidade do lariço e do abeto, este projeto de baixo carbono é frugal e de baixa tecnologia. Com uma aplicação simples da RT2012 (Global Buildings Performance Network), foi projetado como um pavilhão japonês em um jardim, ecoando o parque ao redor. Com isso em mente, a escolha da madeira como material de construção significou que suas restrições inerentes foram levadas em conta desde o início, sem subterfúgios tecnológicos. Cada elemento estrutural, técnico e funcional tem seu lugar, e tudo é feito de madeira: vigas, pilares, pisos, caibros, telhados, fachada, marcenaria e brises.
Sua forma retangular se estende por três níveis, do térreo ao segundo andar. Cada nível apresenta grandes terraços com vistas sobre o parque. O corpo principal do volume é contornado por esses passeios nos terraços e escadas externas, que facilitam a distribuição fluida. No segundo nível, dois elementos marcam o mezanino do restaurante e as salas de recepção. As vigas se estendem para fora a fim de criar terraços e varandas. Grandes janelas de vidro proporcionam luz generosa. As molduras de madeira e os elementos fixos como brises representam um desafio técnico, com sua altura esbelta de mais de três metros. O conforto térmico é garantido pela presença de terraços salientes nos lados sul e oeste, e um jogo gráfico de muxarabis nas fachadas leste e norte. As bordas dos pisos são feitas de metal para proteger a estrutura de madeira das intempéries. Eles continuam ao longo dos degraus das escadas, criam um ritmo na fachada e incorporam a fluidez do local. No estilo das pinturas de Sol Lewitt, os brises fragmentam o volume construído, capturando toda a luz de acordo com seu ritmo e orientação.
Hoje, quando o espírito da frugalidade se torna a ordem do dia, este é um exemplo convincente. Pois aqui, a simplicidade está presente na própria abordagem do projeto. Trata-se de organizar a transição de uma maneira simples e essencial, longe das muitas barreiras prescritivas. A Maison des Services Latécoère mostra que isso é possível, mesmo no contexto de uma empresa altamente tecnológica.
Sistema de construção e materiais utilizados - Abandonando o modelo CLT, os pisos aqui são feitos de painéis LVL (+ contrapiso) dispostos sobre caibros de abeto. Defletores acústicos são instalados entre esses caibros. Vigas e pilares são feitos de abeto laminado colado. As vigas se estendem do interior para o exterior, acomodando terraços (impermeabilizados e cobertos com deck de madeira) e varandas. As fachadas apresentam os elementos estruturais de madeira. Molduras de madeira e brises fixos trazem um desafio técnico: uma esbelteza de mais de três metros de altura. Em uma abordagem virtuosa de consumo local, a Pyrénées Charpentes produziu a estrutura de madeira, enquanto a Agence Lorillard Occitanie forneceu as 222 junções de madeira.
