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Arquitetos: Diana Barros Arquitectura
- Área: 820 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Ivo Tavares Studio
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Fabricantes: Kahrs, MARAZZI, RMC, Water Evolution
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício, situado no coração do centro histórico do Porto, ergue-se como um testemunho do final do século XIX. Composto por 5 pisos, destina-se a habitação nos pisos superiores e comércio no piso térreo. Estando a rua onde se insere (Rua de Mouzinho da Silveira) perfeitamente delimitada por uma frente urbana contínua e, na sua maioria, constituída por edifícios de habitação com comércio no rés-do-chão, sob esse prisma, o edifício reabilitado assume, fundamentalmente, um papel de continuidade, contribuindo para a coerência e qualidade do conjunto, não só do ponto de vista programático, mas também no tratamento das fachadas.
O caráter da intervenção, dando prioridade à conservação e reabilitação dos elementos de valor arquitetónico existentes, visa reforçar a singularidade do edifício, reforçando o seu impacto no contexto urbano. No mesmo sentido, a diversidade de tipologias de habitação adotadas procurou maximizar os tipos de ocupação permitidos, e assim aumentar a flexibilidade do edifício e, consequentemente, a sua resiliência a longo prazo.
A intervenção implicou a reformulação integral dos espaços interiores do edifício, sendo, no entanto, mantidos os elementos considerados fundamentais para a preservação da memória da construção original ou, nos casos em que o estado de conservação dos referidos elementos impediu a sua reabilitação, produzidos elementos novos de igual desenho e material. A adoção de uma linguagem claramente contemporânea no desenho da compartimentação, vãos interiores, mobiliário fixo, peças sanitárias e remates entre materiais contribui, na confrontação com os elementos históricos, para o reforço dessa memória.
A seleção dos materiais de revestimento e cores usados dentro dos fogos procurou criar uma base firme, onde é enfatizado o confronto de escalas, sobre a qual se irão sobrepor os elementos pessoais (decorativos, funcionais e de circunstância) dos futuros utilizadores do espaço, incentivando a sua apropriação. Essa clareza contrasta com os materiais adotados para os espaços comuns (madeira e betão aparente), cuja textura e cor procurou dar a este espaço, inerentemente impessoal, um ambiente e personalidade próprios.