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Arquitetos: ecoLogicStudio
- Ano: 2024
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Fotografias:Pepe Fotografia
Descrição enviada pela equipe de projeto. Marcando um novo avanço em sua pesquisa de longo prazo sobre o bem-estar urbano, a empresa de inovação em design, com sedes em Londres e Turim, concluiu a terceira versão do conceito AirBubble. Esse espaço restaurador, criado para uma empresa suíça de saúde, promove uma nova conexão entre a natureza e os seres humanos. O AirBubble é o primeiro jardim biotecnológico do mundo a combinar algas purificadoras de ar com plantas medicinais. O projeto inaugura um conceito inovador de espaço que integra trabalho, saúde mental e física, relaxamento e interação entre funcionários de diferentes áreas. Além disso, oferece uma experiência multissensorial, destacada pelo borbulhar de oxigênio e pelos aromas de ervas e flores frescas.
Localizado em Nyon (Suíça), na área verde ao redor da fábrica, o projeto faz parte do AirCampus, uma iniciativa mais ampla que inclui o novo espaço restaurador AirBubble, o AirOffice – um espaço de trabalho interno simbiótico que une jardinagem avançada e filtragem de ar – e o recém-lançado AIReactor, um purificador de ar biotecnológico de mesa. O AirCampus foi desenvolvido como uma solução arquitetônica pioneira para promover a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho, abrangendo desde áreas internas até externas e cuidando tanto da saúde física quanto mental. Como um projeto inovador de bio-design, o espaço restaurador AirBubble é um sistema arquitetônico replicável e escalável, que pode ser implementado em qualquer ambiente de trabalho no mundo.
O projeto traz a Nyon uma nova perspectiva sobre a relação entre o local de trabalho e o paisagismo, reinventando o modelo do jardim botânico pré-industrial e indo além dos padrões atuais da indústria de saúde. "Estudamos as origens da fabricação farmacêutica analisando o jardim medicinal de Pádua, na Itália, onde plantas e essências medicinais eram cultivadas em um parque comunitário. Nós então traduzimos esse conceito para a era biodigital, onde substâncias podem novamente ser cultivadas no domínio público." - diz Marco Poletto, cofundador do ecoLogicStudio.
O espaço restaurador AirBubble utiliza a tecnologia PhotoSyntheticaTM, desenvolvida pela ecoLogicStudio desde 2018, e começou a integrar sistemas biotecnológicos em arquitetura, interiores e paisagismo a partir de 2021. O objetivo é envolver os usuários no processo de purificação do ar, destacando seus benefícios para a saúde e o bem-estar, tanto em ambientes privados quanto de trabalho, além de criar áreas verdes em fábricas. O AirBubble é composto por uma estrutura cilíndrica de madeira de 6 metros de altura, com 3 níveis e envolta por uma membrana de ETFE, situada no topo de um monte ajardinado. A parte central abriga 36 grandes biorreatores de vidro, contendo 350 litros de algas Chlorella que filtram 150 litros de ar poluído por minuto. As algas removem partículas poluentes e dióxido de carbono, liberando oxigênio limpo. A forma arquitetônica, com um telhado em cone invertido, ajuda a recircular o ar e melhorar a ventilação natural. O som das bolhas das algas também abafa o ruído dos caminhões, criando um ambiente tranquilo para aliviar o estresse. A biomassa coletada pode ser usada no cardápio da cantina, como bebidas e pães de proteína vegetal, ou como fertilizante para o campo de flores silvestres e 47 plantas medicinais ao redor da área central de assentos.
Os visitantes entram caminhando em um piso de borracha, feito de partículas verdes claras e escuras e tons de marrom, que leva a uma ampla área de assentos em dois níveis. No centro, duas chapas sinuosas de Corten, escolhidas pelos arquitetos por sua durabilidade ao clima, formam uma escultura em forma de pétala, onde a membrana do telhado se conecta a um pequeno jardim para coleta de água da chuva. Outro elemento de Corten destaca o perímetro, onde estão fixados 11 assentos de cortiça no piso de borracha. Esses assentos são feitos de chips de cortiça umedecidos, que liberam uma resina natural e são moldados em blocos escuros cortados com precisão em formas mais confortáveis. A estrutura de madeira é ancorada com 26 parafusos no solo, evitando o uso de postes de concreto e preservando a paisagem. Além disso, o espaço usa plantas locais e coleta água da chuva, eliminando a necessidade de irrigação e ajudando a conservar recursos naturais.
O espaço restaurador AirBubble é cercado por um jardim medicinal com 47 canteiros. Perto da estrutura principal, estão quatro tipos de plantas que florescem no outono e no inverno: Alchemilla vulgaris, Iberis sempervirens, Camellia japonica e Helleborus. Mais afastado, há 16 espécies que florescem na primavera e no verão, incluindo plantas medicinais comuns como Salvia officinalis, Thymus vulgaris, Melissa officinalis e Mentha piperita, além de plantas com propriedades específicas, como Pulmonaria officinalis, usada para tratar problemas respiratórios, e Nepeta cataria, conhecida por ajudar no bem-estar mental e alívio do estresse. O projeto inclui um sistema de monitoramento que mede a qualidade do ar, monitorando seis poluentes principais: partículas finas PM2.5 e PM10, ozônio ao nível do solo (O3), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO). O AirBubble é eficiente na absorção de 97% do nitrogênio e 75% das partículas do ar.
O espaço restaurador AirBubble faz parte de um projeto mais amplo voltado para aumentar a conscientização sobre o impacto da poluição do ar na saúde humana. Os capítulos anteriores desse projeto incluem o playground AirBubble em Varsóvia, a máquina eco-purificadora de ar inflável AirBubble, instalada na COP26, COP27 e no Festival de Design da Arábia Saudita, e o AirLab apresentado em Londres.
