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Arquitetos: Ray Architects, Soar Design Studio
- Área: 338 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Hey! Cheese
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Fabricantes: Carl Hansen and Son, MUJI, Republic of Fritz Hansen
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto desconstrói a arquitetura para integrá-la à natureza. As casas lineares são divididas em cinco volumes intercalados, com espaços vazios entre eles. Planos horizontais e verticais criam diferentes níveis de piso, permitindo que elementos naturais entrem nos ambientes. A combinação da imagem dos vales com o tradicional pátio taiwanês resulta em uma arquitetura que se adapta ao vento e à luz solar.
Os pontos principais do nosso projeto são os seguintes:
- Utilização de técnicas desconstrutivas para responder ao meio natural e criar microclimas favoráveis
- Combinação de vales com pátios tradicionais, criando uma harmonia arquitetônica na natureza
- Poder vivenciar plenamente os elementos naturais da casa nos espaços envoltos pela natureza
O projeto está localizado entre os típicos edifícios independentes de Taiwan, em um terreno longo e estreito, com janelas apenas na frente e nos fundos, e muito próximo aos edifícios vizinhos, o que o desconecta do ambiente externo. Para lidar com o vento frio e úmido do nordeste, o projeto foi pensado para minimizar essas desvantagens climáticas e físicas, garantindo mais conforto para os moradores.
O projeto propõe novas soluções para edifícios independentes adjacentes usando a "desconstrução," invertendo o layout tradicional em que os espaços de convivência ficam nas extremidades da casa. Ao criar lacunas e diferentes níveis que se misturam com a natureza, e ao romper com os volumes de concreto através de áreas semiabertas, ele cria uma nova tipologia residencial urbana e amplia as oportunidades para os moradores se conectarem com a natureza.
Desconstruindo a arquitetura residencial. Em resposta ao clima e ao ambiente ao redor, o edifício independente é transformado em cinco estruturas desalinhadas. A circulação vertical é colocada no primeiro volume, voltado para o vento nordeste, enquanto os espaços de convivência são deslocados para o fundo, diminuindo os efeitos adversos do vento frio e da umidade. A altura dos edifícios no lado sudoeste é reduzida para aproveitar o vento desse lado. Ao estreitar o corredor do vento e acelerar sua velocidade, o vento pode entrar pelo pátio e subir pelos edifícios e árvores, ou penetrar no interior através das lacunas entre os volumes. Dessa forma, cria-se um microclima interno favorável e uma experiência confortável, permitindo que a natureza externa seja plenamente vivenciada mesmo dentro de casa.
O estilo oriental de jardim em que a paisagem muda conforme nos movemos. Ao unir a imagem dos vales com o conceito tradicional de pátio, o plano que recebe o vento e as atividades humanas é modificado verticalmente. As varandas, que recuam gradualmente, transformam-se em vales para o vento, a vegetação e os habitantes. No interior, os espaços vazios refletem a verticalidade dos vales, permitindo que a visão mantenha uma conexão direta com a natureza.
Nos planos, a recessão e a escavação criam espaços permeáveis, permitindo que a natureza entre no interior através de dimensões horizontais e verticais. Isso estabelece uma nova relação entre arquitetura e natureza, permitindo que perspectivas de cima, de baixo e ao nível dos olhos redefinam os limites entre o interior e o exterior. As técnicas de desconstrução são empregadas para se adaptar às condições do local e remodelar o espaço, atendendo a um estilo de vida multi-geracional.
Na arquitetura de casas desconstruídas, o espaço é definido por estruturas, lacunas e elementos externos, criando distâncias e limites. Os usuários podem explorar os diferentes espaços e cantos formados pelas camadas desalinhadas do edifício, possibilitando diversos usos e cenários. Isso resulta em ambientes que favorecem tanto reuniões quanto momentos de solitude, proporcionando uma sensação de conexão e desconexão ao mesmo tempo, rompendo com os modelos convencionais de moradia. O design busca integrar a sensibilidade abstrata e a natureza à estrutura racional da arquitetura.
As funções de serviço estão principalmente localizadas no 1º e no 4º edifico, enquanto os 2º e 3º edifícios são dedicados a espaços como sala de chá, escritório, área de jantar e mesas de leitura, distribuídos por diferentes andares e próximos às janelas. Essa distribuição mistura os espaços de estar com as áreas de serviço, otimizando o uso do espaço alongado. Os quartos, situados no edifício final, têm a vantagem de aproveitar o vento suave do sudoeste de maneira privada, com uma vista para um vale interno. Árvores são plantadas nas varandas de vários níveis, oferecendo variações naturais de cor que lembram vales e destacam o fluxo natural criado pelas diferentes alturas, tanto internas quanto externas.
