-
Arquitetos: Atelier Téqui Architects
- Área: 1545 m²
- Ano: 2024
-
Fotografias:Jean Baptiste Thiriet
-
Fabricantes: Artigo, Knauf, Ober, Piveteau bois, Villeroy & Boch
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Hospital Charles-Foix está localizado ao sul da cidade de Ivry-sur-Seine, França, dentro do antigo "hospício para os incuráveis" projetado por Théodore Labrouste em 1873. Proprietária do centro hospitalar universitário, a Assistência Pública dos Hospitais de Paris (AP-HP) implementou na Universidade Sorbonne os dois andares superiores do edifício Pasteur para instalar o Centro de Autonomia. Este é o primeiro centro de pesquisa e experimentação sobre a autonomia de pessoas em um ambiente hospitalar, reunindo usuários, pesquisadores e clínicos. Construído em 1964, o edifício Pasteur é composto por três níveis, incluindo um nível de jardim semienterrado que abriga a farmácia do hospital, o térreo com acesso principal à rua e um andar também acessível por duas escadas externas. A estrutura do edifício consiste em vigas e pilares com fechamento em tijolos. Este dispositivo construtivo permite uma reconfiguração flexível nos espaços internos e fachadas.
Todo o edifício foi modificado e suas divisórias internas foram demolidas. Apenas os pilares e algumas paredes de suporte foram preservados. Além disso, para melhorar a legibilidade e o conforto dos espaços, a maioria das aberturas foi ampliada para garantir um bom nível de iluminação e vistas desobstruídas. As divisórias foram completamente redesenhadas a fim de atender ao programa, e as fachadas foram isoladas e revestidas para melhorar o conforto térmico do edifício. As fachadas foram isoladas externamente com lã de vidro e, em seguida, cobertas com elementos em madeira de origem francesa. Este revestimento espesso garante resistência ao longo do tempo e seu tratamento oferece proteção duradoura, o que permite aproximar-se da aparência obtida após vários anos de exposição ao ar livre.
O térreo inclui as áreas de recepção, escritórios de apoio logístico e salas de experimentação os quais permitem que as pessoas sejam colocadas em uma situação real de autonomia, por meio de testes de caminhada e ações diárias em escala real. Usuários, pacientes, médicos e pesquisadores são imersos em espaços simulados, como a casa, o quarto hospitalar, a escada conectada, a plataforma de análise de movimento ou o consultório do médico. O segundo andar é dedicado aos pesquisadores e consiste em uma oficina de fabricação de protótipos (fablab), salas de trabalho e conferências, escritórios e um vasto espaço de convivência. Máxima flexibilidade é fornecida aos espaços de pesquisa com numerosos ambientes abertos, o que permite considerar diferentes layouts e múltiplos usos.
O uso da madeira em ambientes internos contribui para a criação de um espaço acolhedor e familiar, tanto para médicos quanto para pacientes. As espécies vegetais utilizadas, o bordo e o faia, destacam-se pela sua cor levemente rosada e suave, que acompanha os usuários pelos diferentes espaços. No térreo, o acesso é particularmente destacado com um generoso hall de pé-direito duplo, revestido em madeira e visivelmente transparente a partir do patamar de circulação do andar superior. Um balcão de recepção é integrado à entrada para fornecer orientação aos visitantes nos diferentes serviços, além de sinalização clara e legível. No andar superior, a disposição é baseada na criação de paredes funcionais em madeira, que estruturam e revestem os interiores, ocultam os elementos técnicos e integram armários.
