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Arquitetos: Luis Santos Arquitectura
- Área: 3648 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Delfoz Fotografía de Arquitectura
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Fabricantes: Larsson Elevator México S.A. de C.V., Pinturas Osel, Tecnolite, USG
Descrição enviada pela equipe de projeto. A obra está localizada na Col. Linss, dentro do polígono do centro histórico da cidade de Chihuahua, México, que se conecta com as principais artérias da cidade. O contexto, consolidado em sua totalidade e de grande peso histórico, é uma zona de caráter residencial com baixa densidade, onde podemos encontrar obras de estilo colonial californiano, estilo internacional, entre outros, um bairro de tradição Chihuahuense.
O projeto busca dialogar com as qualidades de seu entorno, arquitetura, natureza, orientação e vistas. Sobre um terreno de 1.088,72 m2 e uma frente de 18,66 metros, é implantado um bloco de maneira paralela à figura alongada do polígono, distanciando-se a nordeste e sudoeste para iluminar e gerar ventilação cruzada, cedendo espaço a circulações horizontais e varandas.
O conjunto é organizado a partir de um eixo central, o bloco se eleva mantendo 2 pontos de contato no nível da rua. O primeiro, na frente do terreno, está diretamente ligado à cidade, o que reduz a escala perceptual do conjunto agindo como embasamento e oferecendo uma escala mais amigável em relação ao entorno, neste ponto se localiza o acesso, que a partir de um hall conecta verticalmente os níveis superiores. O segundo se encontra no ponto central do terreno e o restante do espaço no térreo abriga o estacionamento e serviços adicionais do conjunto. A partir dos pontos de circulação vertical, são intercaladas as circulações horizontais localizadas a nordeste do terreno, que dão acesso a cada moradia.
Tomando como ponto de partida a preexistência de uma nogueira no centro da propriedade, a configuração dos espaços se define a partir dela, convertendo-a no coração do projeto, nesse ponto estão localizados os terraços em pé-direito duplo, espaços para o encontro coletivo, além de um dos núcleos de comunicação vertical. Os terraços, circulações horizontais e varandas buscam aproveitar o entorno natural, tanto dentro do terreno quanto no contexto imediato, além de direcionar as vistas para o horizonte da cidade, encontrando como pano de fundo as montanhas.
A junção das tipologias de moradia e espaços de convivência é conformada a partir de uma estrutura de concreto aparente organizada em módulos de 6 x 5 m, os quais configuram cada um dos espaços do programa geral, os beirais das circulações horizontais e as varandas de cada moradia são anexados à eles. A estrutura espacial, a disposição de cada uma das tipologias de moradia, o envoltório e a madeira desenham as fachadas do edifício, resultando em uma construção modular e econômica com uma linguagem clara e honesta, com sua função estrutural expressa em sua condição natural.
O edifício reflete seu programa, sua configuração estrutural, buscando potencializar os espaços de encontro coletivo aproveitando as condições naturais de seu contexto.