Descrição enviada pela equipe de projeto. No tranquilo campo de Vaiyampatti, Índia, aninhado em meio à vasta extensão dos campos de arroz, ergue-se uma casa rural humildemente posicionada, exalando uma graça silenciosa e elegância rústica. É um cenário perfeito que remete ao ""Solitary Reaper" de William Wordsworth. O formato pequeno e espalhado da casa a torna humana e conectada ao ambiente, oferecendo uma resposta estética adequada ao cenário. Embora ela seja concebida como uma casa com pátio clássica e simples, oriunda da memória do cliente em relação ao lar de sua família, a residência combina princípios tradicionais e os mescla com as necessidades dos habitantes modernos.
Arquitetonicamente, trata-se de uma malha precisa 3x3 inspirada na casa tradicional Naalukettu, com paredes estrategicamente posicionadas apenas onde são essenciais para acomodar funções específicas, permitindo que a planta aberta funcione de maneira contínua. O núcleo da casa, sendo o pátio, ocupa a malha central. Envolvendo-o, há um corredor com telhado inclinado adornado com beirais projetados para direcionar as águas pluviais para o lago. O excesso de água do lago é coletado no tanque de captação de água da chuva que foi planejado e integrado funcionalmente durante as etapas de fundação. O corredor se desdobra em uma sala de estar espaçosa ao norte, sala de jantar ao sul, um lounge de boas-vindas e uma escada a oeste e leste, respectivamente — com o lounge de boas-vindas sendo o primeiro espaço ao entrar.
Essa entrada apresenta um portal inspirado nas altas e opulentas portas do templo de Tamil Nadu, que serve como um gesto grandioso e convidativo. Posicionado no eixo central, revela uma vista encantadora da sala de pooja, emoldurada pelo lago em primeiro plano quando aberta. O alinhamento ecoa o desenho dos templos, onde a divindade e o portal principal estão voltados para o sol nascente. O alto e majestoso portal é enfatizado por janelas de vidro de ambos os lados, transicionando para um envoltório de tijolos que forma a fachada e um espaço de estar termicamente confortável com luz e ar controlados no interior.
A geometria limpa do concreto e do aço combinada com uma paleta de materiais requintada, como telhas de Mangalore, tijolos e vasos de barro feitos à mão para enchimento da laje, e a sobreposição de granito polido e não polido ao lado de vibrantes azulejos athangudi cria uma experiência tátil cheia de alma. Apesar da variedade de explorações das coberturas, que vão de lajes de concreto planas a telhas inclinadas, e estilos de janelas que variam de vidro a venezianas, a combinação é balanceada de forma otimizada para criar um apelo visual e climático.
Ao criar esta casa, a recusa deliberada do "branco", tipicamente percebido como impecável e antinatural, reflete o profundo respeito do arquiteto pelas imperfeições inerentes à natureza. Essa intenção central guiou a escolha de tons naturais, criando um caráter genuíno e sincero, ressoando com seu entorno, vivendo assim a tranquilidade do "pare aqui ou passe gentilmente!".