Refúgio Séraphin de Urtsadzor / BUREAU + NPATAK

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  • Arquitetos Responsáveis: Daniel Zamarbide, Carine Pimenta, Galliane Zamarbide
  • Projeto E Construção: Amir Halabi, Andranik Yeremyan, Ani Khachatryan, Ani Vahramyan, Arineh Keshishi (NPATAK), Arpi Hovhannisyan, Carine Pimenta (BUREAU), Daniel Zamarbide (BUREAU), Edita Arakelyan, Galliane Zamarbide (BUREAU), George Kyupelyan, Hamlet Mkhoyan, Hayk Shahinyan (NPATAK), Iker Zamarbide, Irina Martirosyan, Jeremy Morris (BUREAU), Karen Berberyan (NPATAK), Leo Yuan, Lujza Lehocká, Margarita Astvatsatryan, Pierre Musy (BUREAU), Sam Toman, Todor Rusev
  • Patrocinadores: H. Hovnanian Family Foundation, STOHA, TarberAK Studio, BUREAU
  • Material De Construção E Ferramentas: Ket Construction
  • Ferramentas E Máquinas: HILTI Armenia
  • Materiais : Epigraph
  • Cidade: Urtsadzor
  • País: Armênia
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Refúgio Séraphin de Urtsadzor / BUREAU + NPATAK - Imagem 2 de 37
© Dylan Perrenoud

Descrição enviada pela equipe de projeto. No verão de 2024, uma experiência interessante foi realizada nas montanhas do Cáucaso Armênio. Um grupo de pessoas em um ambiente muito rochoso e selvagem se reuniu para construir um artefato multi-espécies indefinido e aparentemente inútil. Eles acordavam às 5h30 da manhã todos os dias, trabalhavam sob um sol intenso em um canteiro de obras improvisado, preparavam refeições juntos três vezes ao dia, jogavam futebol à noite e às vezes dançavam. Havia alguns cães selvagens sempre por perto, cavalos também, um casal de abutres próximo ao local da construção, cobras perigosas, maravilhosas mantícoras. Eles pareciam felizes e cansados. De longe, a experiência parecia absurda e bela ao mesmo tempo.

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Planta
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Uma breve introdução às suas atividades, desde dentro. Um romance, antes de tudo, uma história fictícia baseada em um evento histórico que aconteceu em outra parte do mundo: Suíça. O romance se chama Derborence, escrito por Charles Ferdinand Ramuz no início do século XX, e narra a história de uma comunidade que sofreu as consequências de um deslizamento de terra. O romance é baseado em um evento histórico que ocorreu em 1714 e causou a morte de 15 pessoas e 170 animais. Significativamente, a morte de animais também foi registrada. Este romance deu origem a uma trilogia arquitetônica iniciada pelo BUREAU (Daniel Zamarbide, Carine Pimenta, Galliane Zamarbide). A primeira peça foi construída em um parque de esculturas nas montanhas suíças. A segunda em uma comunidade artística na França. A terceira, nas Montanhas do Cáucaso, na Armênia. Este último membro da trilogia é particular, pois não é o resultado de um projeto dos arquitetos suíço-portugueses, mas é uma peça co-autoral do BUREAU, NPATAK e 15 estudantes armênios e internacionais, concebida e realizada em um workshop de três semanas em Yerevan, na Biblioteca de Arquitetura durante os primeiros 5 dias, e no território do Refúgio de Vida Selvagem do Cáucaso, uma área de 30.000 hectares de vida selvagem protegida no sul do Cáucaso.

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Corte
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O processo e o resultado fazem parte de uma abordagem pedagógica que pretende dissolver o pensar e o fazer como parte de um mesmo empreendimento. A arquitetura é, na maioria das vezes, uma prática teórica, ironicamente bastante desvinculada da construção. Desde o renascimento, o arquiteto evoluiu para longe do canteiro de obras, vivendo hoje atrás de um computador. O historiador Marvin Trachtenberg descreveu maravilhosamente esse ponto de virada decisivo em seu livro Building in Time. Sob um ângulo muito diferente, o sociólogo Richard Sennet criou sua própria trilogia escrita - homo faber: O Artífice, Juntos, Construir e Habitar - sobre esse tema também, desenvolvendo uma ideia provocativa de que o ofício é realmente o que importa quando se trata de pensamento-criativo e produção. Seguindo a linha de raciocínio de Sennet, o princípio fundamental do workshop foi o seguinte: As pessoas participam da produção do mundo em que vivem, e o fazem através de conversas com o mundo, entre si e com outros seres vivos com quem compartilham o ambiente. Dessa forma, o workshop foi pensado como uma ferramenta dialógica, uma maneira de estabelecer trocas dentro de um grupo de pessoas que se reúnem voluntariamente com o objetivo de projetar e construir algo.

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Axonométrica
Refúgio Séraphin de Urtsadzor / BUREAU + NPATAK - Fotografia de Exterior
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O "algo" é importante, mas não precisa ter uma definição particular além do fato de ser aberto, poroso e multi-espécies. Um abrigo, um monte, um ponto de referência, um pequeno ambiente que possa oferecer algum suporte para uma diversidade de fragmentos de vidas que ocorrerão ali. O uso de palha e pedra fornece abrigo para essas criaturas vivas de vários tamanhos. O "construir", como um verbo e como um ato, também é importante. Ele fala sobre a comunidade temporária que teve que se organizar como um grupo para pensar, comer, trabalhar, brincar juntos por três semanas em um contexto bastante isolado. A consideração de que uma população, além da humana, poderia de alguma forma habitar Séraphin de Urtsadzor esteve muito presente no desenvolvimento e na criação do artefato. A função, ou o que na cultura arquitetônica é frequentemente referido como "programa", é deixada em aberto neste caso. Nenhum uso específico, mas potencialmente uma multiplicidade deles. O objeto pode ser considerado multi-escala, pois acolhe e leva em conta uma diversidade de habitantes.

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Localização do Projeto

Endereço:Urtsadzor, Armênia

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
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Cita: "Refúgio Séraphin de Urtsadzor / BUREAU + NPATAK" [Séraphin of Urtsadzor Shelter / BUREAU (Daniel Zamarbide, Carine Pimenta, Galliane Zamarbide) + NPATAK] 07 Out 2024. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/1021811/refugio-seraphin-de-urtsadzor-bureau-plus-npatak> ISSN 0719-8906

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