-
Arquitetos: MORO Taller de arquitectura
- Área: 220 m²
-
Fotografías:Rafael Palacios Macías
-
Fabricantes: CASTEL, Cemex
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nas terras que inspiraram o escritor Juan Rulfo, ergue-se o Centro Logístico Jalisco (CLJ), um parque industrial que operava a partir de dois módulos temporários. Diante da necessidade de estabelecer um espaço administrativo permanente, decidiu-se construir um edifício que abrigará os novos escritórios do CLJ. O terreno do projeto está situado ao lado de uma entrada veicular caótica, integrando a proposta às construções preexistentes e à paisagem seca, de cactáceas, com topografia plana e temperaturas que podem ser extremas.
O design do edifício apresenta uma dualidade: uma caixa de concreto hermética que, embora isole, também estabelece um vínculo com seu entorno. Por um lado, protege-se do ruído exterior; por outro, abre-se para um jardim interior que abstrai a vegetação nativa. Os escritórios estão organizados em torno de um pátio de entrada que articula as diferentes áreas do programa, funcionando como um primeiro filtro contra o barulho do exterior, atenuado pelo suave murmúrio da água de uma fonte.
Ao acessar a sala de espera, uma porta de madeira te acolhe, convidando a explorar os diferentes espaços da edificação. A área de trabalho é configurada com duas caixas de madeira empilhadas em um layout livre, uma delas permite indicar visualmente onde está a entrada e onde começa a área de trabalho. Para maximizar a ventilação cruzada, foram utilizadas janelas no norte e no sul, que também nos permitem ter iluminação natural e incorporar duas varandas que facilitam o contato direto com a natureza da região.
O espaço também oferece uma cantina com equipales (mobiliário tradicional mexicano), "poltronas Miguelito" e mesas de madeira maciça, com a intenção de alcançar uma decoração que homenageie os móveis fabricados na região de Jalisco. "Trabalha-se com imaginação, intuição e uma verdade aparente; quando isso é alcançado, então se consegue a história que se quer contar. Acredito que isso é, em princípio, a base de todo conto, de toda história que se quer contar." Juan Rulfo