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Arquitetos: Holger Cuadrado
- Área: 262 m²
- Ano: 2024
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Fotografías:Bicubik Photography
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Fabricantes: hormic.ec
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa está inserida em um bairro residencial da cidade de Loja, a 2.060 m de altitude nos Andes baixos, ao sul do Equador. Situado em um pequeno terreno de 7,60 m x 13,50 m, este projeto busca refletir sobre questões relacionadas ao princípio estrutural na definição da arquitetura e à flexibilidade espacial como recurso projetual.
A estrutura como geradora do projeto - A casa é construída em concreto armado aparente, resolvendo simultaneamente o ordenamento espacial e formal da casa. O uso de elementos construtivos é limitado ao estritamente necessário, conferindo simplicidade e clareza à solução estrutural, que se baseia em duas paredes laterais e dois diafragmas intermediários, permitindo ampla espacialidade e fluidez em cada andar.
A estrutura estabelece a ordem espacial da casa e serve de suporte para várias configurações espaciais em seu interior. Do exterior, percebe-se como a caixa do volume principal, com 5 m de frente, se sobressai com um beiral de 3 m voltado para a rua, formando no andar térreo um pátio flexível aberto para uso das crianças, ao lado da área produtiva da residência.
O princípio da flexibilidade espacial - A casa é concebida como um contêiner espacial de quatro níveis, projetado para acolher diversos usos e usuários. O andar térreo e o subsolo são configurados como áreas de trabalho independentes, conectadas diretamente à rua, permitindo que os residentes desenvolvam atividades produtivas ou empreendedoras sem alterar o ambiente doméstico.
Os andares superiores, destinados ao uso residencial, são concebidos para oferecer a possibilidade de reconfiguração no futuro, seja como espaços de trabalho adicionais ou habitações independentes. Essa flexibilidade interior assegura que a casa possa se adaptar às necessidades mutáveis de seus ocupantes ao longo do tempo.
A casa se apresenta como uma solução arquitetônica que responde às necessidades contemporâneas de seus usuários, enquanto se adapta e se vincula sensivelmente à topografia e à paisagem. Do interior dos andares superiores, um peitoril baixo emoldura as vistas para a Cordilheira dos Andes, enquanto lateralmente um peitoril invertido, pendurado no teto, conecta visualmente com uma árvore plantada no pátio do andar térreo. Essas estratégias não apenas enriquecem a experiência visual do interior, mas também valorizam a orientação favorável ao sol da manhã, integrando a casa de maneira harmoniosa ao seu entorno.